Pesquisados e cientistas ligados à Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) e à Secretaria de Produção Rural (Sepror) ainda não sabem porque algumas espécies de peixes do Estado estão contaminados com a toxina que causa a doença de Haff.
A enfermidade é popularmente conhecida como ‘urina preta’ e levou à morte uma pessoa em Itacoatiara, no interior do Amazonas.
A suspeita é que a toxina contamine os peixes por causa de mudanças no ecossistema, presença na água de toxinas de cianobactérias (conhecidas como algas azuis) ou metais pesados. Os cientistas ainda não encontraram resposta para o problema.
Segundo o rastreamento feito pelos órgãos de saúde, as 51 pessoas contaminadas até a noite de ontem (01º – set) haviam comido peixes das espécies tambaqui, pacu e pirapitinga, pescados em rios e lagos na região de Itacoatiara.
Por ser considerada uma enfermidade rara, a doença de Haff não possui estudos aprofundados sobre sintomas. Entre os pacientes do Amazonas foram identificados sinais comuns como dores musculares no pescoço, ombros e no trapézio (músculo que liga o pescoço ao ombro).
Alguns pacientes também apresentam dor no peito, falta de ar, sensação de dormência, náusea, tontura e fraqueza. Outro sintoma característico é a urina escura (daí seu nome popular), que se assemelha à cor do café.
Tratamento e prevenção
Na maioria das vezes, a recuperação costuma evoluir bem, mas há risco de morte, especialmente em pessoas com comorbidades. O indicado é procurar ajuda logo após o aparecimento dos primeiros sintomas para que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível.
Quando o paciente precisa ficar internado, uma das principais formas de tratamento é fazer uma hidratação reforçada. Uma boa quantidade de líquidos permite “dissolver” e diminuir a concentração de impurezas no sangue, o que facilita o trabalho dos rins.