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Manaus
19 de abril de 2024 | 15:36

Conjunto Kissia, angústias e providências 

Por: Augusto Bernardo Cecílio

O Conjunto Kissia, localizado no bairro Dom Pedro, apesar de bem localizado, demonstra nas suas queixas diárias que nem tudo está bem por lá, e seus moradores clamam por ajuda ao Poder Público.

O Kissia pena hoje por ceder tanto à cidade de Manaus, sem obter contrapartida no mesmo grau de sua “doação”. Anos atrás o conjunto era cercado por vegetação e muito calmo. O Kissia 1 era ligado ao Kissia 2, cortado apenas pela Rua Jacira Reis, antes tranquila, hoje impossível de ser “atravessada” sem transtorno pelos pedestres.

Tudo começou com a abertura da citada rua até a Avenida São Jorge (conhecida como Estrada da Ponta Negra), com mão indo e vindo, e carros em alta velocidade que “não estão nem aí” para os moradores do conjunto doador.

Piorou ainda mais quando abriram pistas nas laterais, recebendo toda a carga de carros vindo do Dom Pedro, Alvoradas, Compensa, Ponta Negra e bairros vizinhos. Ah, mas temos que ser solidários! E quem é solidário com o Kissia? O que os moradores ganharam com as aberturas além de sufoco, conflitos no trânsito, desastres e desconforto até na hora de entrar ou sair de suas residências?

Hoje o conjunto recebe uma carga muito maior de veículos do que antes da pandemia. Cerca de 80% deles não são de moradores. São pessoas fugindo de semáforos ou de engarrafamentos externos. Espanta o número de ônibus (grandes e de rotas do Distrito) e caminhões que circulam por dentro. Virou terra de ninguém.

O fluxo de veículos na rotatória da Bola das Letras aumentou consideravelmente e todos os dias o engarrafamento da Rua Paxiubas é grande. Nos horários de “pico” chega até a Av. Pedro Teixeira. Dessa forma, muitos motoristas passaram a utilizar a Rua das Acácias (rua principal do Kissia) como válvula de escape.

Ocorre que a Rua das Acácias é uma rua de mão dupla, mas com apenas uma faixa de rolagem, até porque clientes estacionam em dois comércios, deixando só um lado livre, com buzinaços, xingamentos e conflitos.

Os motoristas atalham por dentro do Kissia, e ao chegarem na Rua das Juremas dobram pois tem um drogaria na rotatória com acesso à Rua Paxiubas/Bola das Letras.

Muitos andam em uma rua de via local com uma velocidade acima do permitido, que deveria ser de 30Km/por hora. Vários passam direto sem respeitar o “Pare”, provocando impactos sérios.

Acidentes e atritos ocorrem diariamente nos cruzamentos internos (principalmente com as ruas Jacareúbas, Virolas e Sucupiras), acidentes que passaram às vezes a mais de um no mesmo dia.

Um estudo pelo órgão responsável seria fundamental, até para verificar a possibilidade da instalação de redutores de velocidade, de sinalização, ou da decisão por mão única, como já existe no bairro Alvorada.

Outro problema é com relação ao sistema de drenagem de água das chuvas. O bairro cresceu, mas o sistema de esgoto e de drenagem continua o mesmo de quando o conjunto foi construído, há mais de 40 anos. Faz-se necessário que a tubulação seja revista ou redimensionada.

Moradores relatam o abandono da sua praça (próxima ao La Salle) que não pode ser usada pela população, pois precisa de reforma. Bancos quebrados e uma quadra de areia que só serve para não moradores. Vale também sistematizar os comércios ali instalados, inclusive o ponto de táxi, lembrando que a razão da existência daquele espaço é o morador.

Solicitam, também, a revitalização do espaço verde situado atrás da Escola Maria Amélia, para uma destinação adequada aos anseios dos comunitários.

Por fim, o conjunto é relativamente pequeno, com poucas ruas. Seria fácil de administrar caso houvesse boa vontade ou alguém que olhasse por ele. O tempo passa e nada melhora. A esperança era a Copa. Nada aconteceu.

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