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20 de abril de 2024 | 01:32

Facção criminosa faz “foguetaço” e quem paga o preço são os empresários de Manaus

O governo do Amazonas prefere penalizar os donos de lojas de fogos de artifício ao invés de combater o crime. Após o “foguetaço” realizado na última quinta-feira (10), 15 lojas de fogos de artifício em Manaus foram fiscalizadas, sendo três fechadas.

Na quinta-feira, uma nota emitida por uma facção criminosa foi espalhada por volta das 15h em grupos de whatsapp e para a imprensa amazonense, informando que a facção iria comemorar dois anos de gestão no Estado com um “foguetaço” em diferentes bairros da capital.

No horário combinado, a população amazonense acompanhou um verdadeiro show de fogos de artifício em diversos pontos da cidade. Horas depois, por volta das 21h, o governador Wilson Lima fez um vídeo informando que acionou a Segurança Pública para agir contra os meliantes.

No dia seguinte, equipes da Central Integrada de Fiscalização (CIF) fiscalizaram 15 lojas de fogos de artifício em Manaus. O objetivo era “dar uma resposta para a sociedade após o ‘foguetório’ da noite de quinta-feira”, segundo informou o delegado Felipe Lago, do Departamento de Atividades Policiais (DAP).

Três estabelecimentos foram autuados e fechados pelo Corpo de Bombeiros do Amazonas (CBMAM) e pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-AM) por irregularidades.

A ação foi vista pelos empresários da cidade como uma desculpa do governo do Amazonas para tentar achar “um culpado” pelo vexame de não ter feito nada contra a facção durante o foguetaço.

“Eles querem penalizar o empresário que apenas vendeu o seu produto como faz todos os dias? Isso não é a resposta que nós queremos. O que realmente precisamos é de policiamento nas ruas, operações para prender bandido e não que venham penalizar o trabalhador pela falta de preparo deles”, disse uma fonte.

Cadê a Segurança?

No início do mês, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) colocou cavaletes com a mensagem “Amazonas Mais Seguro” em frente às lojas como forma de mostrar a força e presença das forças policiais.

Os empresários focaram responsáveis por colocar as placa, todos os dias, em frente às suas lojas, gerando uma enorme poluição visual. “Eu não vi um policial ou viatura hoje, e olha que eu abro minha loja cedo e fecho tarde”, disse um empresário na época.

Os cavaletes fixados em vários comércio são vistos pelos empresários como uma afronta, como se as mensagens resolvessem o problema da falta de segurança.

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