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21 de novembro de 2024 | 18:15

Falta de organização nos concursos públicos do Amazonas é denunciada pelo dep. Dermilson Chagas

A Fundação Getúlio Vargas (FVG), contratada pelo Governo do Amazonas para organizar a realização de concursos públicos no Estado, está apresentando falhas que prejudicam milhares de candidatos a uma vaga no serviço público.

Além de prejudicar mais de 20 mil candidatos inscritos no concurso da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), que não conseguiram realizar as provas porque o endereço estava errado no cartão de confirmação, a FVG está incorrendo os mesmos erros no concurso da Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas (Sefaz-AM).

A denúncia é do deputado estadual Dermilson Chagas, que disse que recebeu várias mensagens em suas redes sociais sobre as irregularidades cometidas pela FGV. “Até agora a FVG não informou os endereços dos locais das provas, que estão marcadas para os dias 7 (sábado) e 8 (domingo) de maio”, denunciou o deputado.

Dermilson ressaltou que, em recente entrevista à imprensa, o secretário estadual de Segurança Pública, general Carlos Alberto Mansur, disse que os candidatos dos próximos concursos (da Sefaz-AM, do Corpo de Bombeiros, da SSP-AM e da Polícia Civil) devem fazer o reconhecimento do local das provas com pelo menos um dia de antecedência.

Porém, faltando apenas 10 dias para acontecer a primeira prova do concurso da Sefaz-AM, a FGV não informa os locais das provas e nem mesmo para a Sefaz-AM, que é o órgão-alvo do concurso e que tem o interesse de divulgar para os candidatos os dados oficiais referentes aos endereços.

“No concurso da PM, houve diversos tipos de falhas, entre elas a divulgação do endereço de uma escola (a Escola Estadual Professor Antenor Sarmento Pessoa) que já não funcionava no endereço que a Fundação Getúlio Vargas havia inserido no cartão de confirmação dos candidatos”, relembra o deputado.

“No cartão estava escrito que a prova seria na avenida Tapajós, no Centro, mas a escola funciona na avenida Urucará, no bairro Cachoeirinha”, criticou.

O deputado disse que as pessoas que fizeram as denúncias sobre a falta de organização da FGV ressaltaram que os problemas da banca organizadora em concursos de outros Estados já eram conhecidos do Governo do Amazonas, entretanto, mesmo assim, a FGV foi escolhida.

“Esse é um problema que poderia ter sido evitado. O que estamos assistindo é a repetição dos erros de uma instituição cujo trabalho está deixando a desejar e, o pior de tudo, está prejudicando mais de 20 mil candidatos do concurso da PM e milhares de outros da Sefaz-AM”, enfatizou Dermilson.

Desorganização dificulta a vida dos candidatos

Os altos salários da Secretaria de Fazenda do Amazonas são um forte atrativo para candidatos de todo Brasil. Muitos, por falta de recursos financeiros, chegam na véspera da prova, não tendo a oportunidade de fazer o monitoramento da área, que foi sugerido pelo secretário da SSP-AM, general Carlos Alberto Mansur.

Outros candidatos, para não se perderem em Manaus e evitar atraso, escolhem hotéis nas proximidades dos locais da prova. Como os endereços não foram divulgados até hoje, os candidatos estão sendo obrigados a escolher hotéis de forma aleatória.

“A falta da informação com antecedência prejudica a todos. E o pior, o Estado, que é o contratante do serviço, não está exigindo que a instituição cumpra a sua parte no contrato, fornecendo os dados”, critica Dermilson.

“O Amazonas, mesmo pagando muito bem à FGV, continua sendo condescendente com as falhas. Isso deixa uma pergunta no ar: ‘Qual o motivo de tanta tolerância?’”, indagou o deputado Dermilson Chagas.

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