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3 de maio de 2024 | 00:39

“Jeito como Bolsonaro trata a Petrobras deixa os brasileiros perplexos”, afirma Serafim

“Causa perplexidade a todos os brasileiros a forma como a Petrobras está sendo tratada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro”. A declaração é do deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) que lamentou a forma como a Petrobras, maior empresa da América latina, é tratada pelo governo Federal.

Serafim deu a declaração um dia após o presidente fazer nova troca no comando da estatal.

“Petrobras tem aquilo que todos os países do mundo gostariam de ter, mas nós estamos fazendo uma coisa equivocada. Nós vendemos a matéria prima e compramos o produto refinado. Ou seja, o filé está ficando para aqueles que vendem o combustível, porque o filé é o refino”,  analisou hoje (24-mai) o parlamentar durante discurso na Assembleia Legislativa do Amazonas.

“O Brasil tinha que fazer novas refinarias para que o nosso petróleo fosse refinado aqui. Na hora em que isso não é feito e o governo decide dolarizar o preço dos combustíveis, eles disparam. E toda vez que o dólar cai o preço dos combustíveis não diminui de preço, continua alto”, completou Serafim.

Dança das cadeiras

Após 40 dias no cargo de presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho foi demitido e, para o lugar dele, foi indicado Caio Mário Paes de Andrade, atual secretário de Desburocratização do Ministério da Economia.

Trata-se da terceira mudança no comando da estatal no governo Bolsonaro, e a segunda neste ano.

“Todo esse quadro já é adverso, já é ruim, mas aí vem a instabilidade do governo na relação com a Petrobras. Nomeou um presidente que tinha perfil liberal e ele entendia que deveria flutuar os preços de acordo com a variação do dólar, e fez isso”, explica Serafim.

“No momento seguinte, Bolsonaro nomeou um general, que manteve a política de preço. Bolsonaro demitiu o general  e nomeou um técnico. Aí, 40 dias depois, demite o técnico e nomeia outro técnico”, relembra o deputado.

“Quer dizer, isso gera uma instabilidade! Pensem numa empresa que em três anos e meio tem quatro presidentes. O resultado é trágico, é muito ruim”, disse Serafim.

Para Serafim, o encarecimento dos combustíveis e o forte impacto dele na inflação do País têm resultado em desgaste para Bolsonaro, porém declarações agressivas não vão mudar a política de preço.

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