O governo do Amazonas precisa criar, de forma urgente, uma força-tarefa com as Forças Armadas para combater a onda de criminalidade vivenciada nos municípios do interior do Estado.
A sugestão é do deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) e foi apresentada ao secretário de Segurança Pública do Estado (SSP-AM), general Carlos Alberto Mansur, durante reunião no Centro de Controle de Comando e Controle (CICC).
O encontro teve o intuito de discutir medidas para o enfrentamento dos atos violentos que vêm ocorrendo nas comunidades ribeirinhas do Estado e fronteiras brasileiras, como os ataques dos piratas nos rios e a disputa de facções criminosas pelo controle das rotas do tráfico de drogas.
Ao secretário da SSP, Wilker sugeriu a atuação conjunta dos órgãos de segurança pública do Estado com as Forças Armadas para operações coordenadas contra a criminalidade instalada na região Amazônica.
“O governo precisa fazer uma força-tarefa do Estado com as Forças Armadas, que têm obrigação constitucional de patrulhar as fronteiras. O que está ocorrendo hoje no Médio e Alto Solimões é uma atrocidade, estão maltratando, saqueando e matando nossos ribeirinhos, precisamos propor uma solução para o abandono da segurança pública no interior”, ponderou Barreto.
Na ocasião, Mansur apresentou o portfólio de projetos e ações da SSP-AM no biênio 2022-2023 em todo o Amazonas, que custaria mais de R$ 200 milhões aos cofres públicos para ser implantado.
Porém, a falta de prioridade do Executivo em investir na segurança pública contribui para o aumento da violência no Estado.
“Parabenizo o general Mansur porque a SSP, na gestão do secretário, sabe o que fazer, mas sabe o que ele me falou? Que não tem dinheiro para investir. Com tantas farras deste governo, não ter dinheiro para aportar na segurança pública, ai é revoltante”, finalizou.
Insegurança em Fonte Boa
Na tribuna da Assembleia Legislativa, Wilker comentou a viagem feita ao município de Fonte Boa, no último dia 21 de julho deste ano.
Na ocasião, o parlamentar recebeu diversos relatos sobre a onda de violência que enfrenta a população da cidade e a necessidade de reforço policial, principalmente no combate aos ataques dos piratas nos rios da região.