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21 de novembro de 2024 | 01:24

Jovem entoa ponto de Umbanda ao ver pastor evangélico pregando

Não é de hoje que manifestações religiosas acontecem dentro dos vagões de trens e outros transportes públicos.

Ontem (28-mar), um vídeo viralizou ao mostrar um jovem interrompendo uma pregação evangélica com uma cantiga da Umbanda, religião afro-brasileira, dentro de um trem da SuperVia, que seguia em direção a Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

Nas imagens, é possível ver o vagão cheio de passageiros e o religioso próximo ao rapaz, que inicia a cantoria no mesmo tom de voz que o evangélico.

O homem faz uma pausa, mas em seguida continua com o discurso em meio aos passageiros. A cantiga entoada pelo jovem é uma reverência ao “Povo de Rua”, os Exus e Pombagiras cultuados pelas religiões de matriz africana.

A iniciativa do garoto dividiu opiniões nas redes sociais. “Até quando teremos que aguentar pregações de religião dentro dos vagões? Todos sabem que não podem, mas não tem fiscalização”, pontuou uma internauta.

Em resposta, a SuperVia afirmou que apoia a diversidade, porém ressalta que a “manifestação religiosa nos trens e estações é proibida”.

A concessionária informa ainda que a proibição foi determinada pela Justiça em ação movida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

“É importante lembrar que a fiscalização é de responsabilidade das autoridades públicas. Contamos com a colaboração de todos”, conclui a concessionária em mensagem enviada a uma usuária através do Twitter.

“Acho que ele ter feito pra afrontar o pastor é desrespeito. Se não tivesse ninguém professando sua fé e ele pregasse algo da religião dele, tudo bem, mas não foi o caso. Aí ele fez realmente pra afrontar, não pra exaltar a fé dele”, escreveu outra internauta.

“O respeito tem que partir dos dois lados, lugar de religião é na igreja!”, comentou outro.

Confira abaixo a íntegra da nota da SuperVia

“A realização de cultos religiosos é proibida dentro dos trens da SuperVia por determinação do Tribunal de Justiça, em uma ação movida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

A concessionária orienta os seus clientes a não fazerem qualquer tipo de manifestação nos trens, independentemente da religião. Avisos informativos são colocados nas composições e, em caso de descumprimento, os agentes de segurança da SuperVia são autorizados a fazer uma advertência. A Polícia Militar pode ser acionada se a ação dos agentes não surtir efeito.

A SuperVia reitera que não faz nenhuma discriminação de caráter religioso e que a proibição das manifestações é uma forma de garantir uma viagem mais segura e confortável para seus clientes.”

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