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7 de maio de 2024 | 19:41

Passagem de ônibus em Manaus: no cartão R$ 4,50, no dinheiro R$ 5; empresas não disponibilizam troco

Redação ZH – Usuários do transporte público de Manaus criticaram o aumento da passagem de ônibus de R$ 3,80 para R$4,50 e a falta de troco.

A nova tarifa passou a valer no último domingo (21-mai) e revoltou os passageiros que utilizam o meio de transporte.

Outro fato deixou os passageiros enfurecidos é a falta de moedas de R$ 0.50 para troco. Quem paga a passagem em espécie, na maioria das vezes,  não recebe o troco. Na prática uma passagem custa R$ 5. 

Lei do troco

A “Lei do troco” garante que os usuários do transporte coletivo possam utilizar nota de valor até cinco vezes maior que o preço da tarifa. Ou seja, como o preço da passagem atualmente é R$ 4,50, o usuário pode pagar com uma nota de R$ 20.

Caso o cobrador não tenha o troco, a legislação garante que a viagem seja gratuita. O que na prática não tem acontecido.

A reportagem do portal Zero Hora Amazonas ouviu passageiros que estão indignados com a falta de moedas nos ônibus.

Na última sexta-feira (19-mai), a Prefeitura de Manaus anunciou o reajuste do preço da passagem com a justificativa que seria necessário para garantir a qualidade do serviço de transporte público. O aumento representa alta de 18,4%.

Para quem pega dois ônibus por dia, cinco vezes por semana, o custo mensal que antes era R$ 167,20, com o aumento R$ 198.

O aumento também afeta os estudantes que pagam meia passagem. Antes, os alunos pagavam R$ 1,90. Com os acréscimo de 18,4%, os usuários estão pagando R$ 2,25.

Aumento da passagem

Além de citar o reajuste, o prefeito divulgou outras justificativa para o aumento da passagem.

De acordo com David Almeida, o custo da passagem para a prefeitura, que dá subsídio ao transporte público de Manaus, chegará a R$ 550 milhões, em 2023. “O transporte coletivo, hoje, já se torna a segunda maior despesa da prefeitura. Já ultrapassou até o lixo”, disse.

Prefeitura paga para empresários trabalharem

A prefeitura paga R$ 3,72 por passageiro. Sem esse subsídio, segundo o prefeito, o preço da passagem seria de R$ 7,52 para o usuário.

“A prefeitura não tem mais como manter. Vou ter dificuldade de pagar a data-base dos meus servidores, de honrar meus compromissos”, enfatizou. A partir do reajuste, a prefeitura passa a pagar R$ 3,02 por passageiro.

O prefeito também argumentou que Manaus é a única capital que não reajusta a passagem de ônibus há seis anos. “Nós temos, hoje, a segunda tarifa, mais barata do Brasil”, afirmou.

David Almeida disse, ainda, que o número de passageiros do transporte público caiu pela metade na capital do Amazonas, principalmente após a pandemia da Covid-19.

População evita usar o sistema de transporte coletivo

“O sistema do transporte coletivo de Manaus já transportou 23 milhões de passageiros/mês”, informou David Almeida.

“Nos últimos meses, esse número de passageiros vem caindo, caindo, caindo, e nós estamos na média de 10 milhões de passageiros/mês”, completou. Muitos usuários estão usando transportes alternativos para locomoção, entres eles: mototaxis e App de mobilidade.

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