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21 de novembro de 2024 | 13:01

Bois Caprichoso e Garantido chegam a acordo judicial histórico com dívidas trabalhistas

Os Bois Caprichoso e Garantido chegaram ontem (20-jun) a um acordo histórico em relação ao pagamento das dívidas trabalhistas dos Bumbás.

Na semana passada, o juiz substituto da 1ª Vara do Trabalho de Parintins decidiu suspender temporariamente todos os repasses dos patrocinadores para o Festival Folclórico de Parintins visando o pagamento das execuções trabalhistas dos Bumbás.

Para que não ocorressem maiores prejuízos ao Festival e os diretos dos trabalhadores fossem assegurados, o Estado do Amazonas, por meio da PGE-AM, ingressou com um pedido de suspensão de liminar, em regime de urgência, para que a decisão de bloqueio total dos recursos dos Bumbás fosse revista.

O pedido foi acatado pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, Audaliphal Hildebrando da Silva, que convocou para ontem terça-feira uma audiência de conciliação entre as partes.

Durante a audiência de conciliação ontem terça-feira foi assinado um acordo, estabelecendo que, a partir de 2024, alguns patrocinadores irão depositar anualmente 30% dos valores que seriam destinados aos Bois em uma conta judicial para o pagamento do passivo trabalhista, até a quitação total da dívida.

O acordo também prevê o congelamento do valor devido a título de juros e correção monetária dos processos transitados até 20 de junho de 2023, firmando ainda a emissão de certidão positiva com efeitos negativos à Associação Folclórica Boi Bumbá Garantido e Instituto Boi Bumbá Garantido, à Associação Cultural Boi Bumbá Caprichoso e Fundação Boi Bumbá Caprichoso.

“Esse acordo só foi possível graças, em primeiro lugar, à Justiça do Trabalho, em primeiro e segundo grau, que entendeu a necessidade de resolução desse conflito, sem prejudicar a realização do Festival. Em segundo lugar, à vontade de todos que estavam presentes, incluindo patrocinadores e os Bois, que participaram com um espírito conciliador e com o objetivo de resolver esse problema histórico”, destacou o subprocurador-geral do Estado, Isaltino José Barbosa Neto.

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