A recomendação do Ministério Público Federal em paralisar as obras de recuperação da BR-319 foi duramente criticada pelo deputado federal do Amazonas, Delegado Pablo, que participou de uma audiência pública promovida na Câmara Federal, para discutir obras em todo País.
O evento, que teve a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, foi organizado pela Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara dos Deputados.
Pablo criticou a recomendação do MPF, que mais uma vez tenta impedir a recuperação da BR-319, sob o argumento que estrada causa danos ambientais. “O MPF alega que a recuperação causará dano ambiental. Isso é mentira! A estrada foi criada há mais de 40 anos e até hoje não causou danos ambientais”, afirmou o deputado.
Segundo Pablo, o que existe são interesses obscuros de grupos que se travestem de ONGs, que insistem em manter o povo do Amazonas na pobreza. “Querem deixar o povo sem sustento, sem qualidade de vida e sem o direito de ir e vir”, denunciou.
Pablo relembra que antes mesmo de assumir o mandato de deputado federal, em 2019, já defendia a recuperação da BR-319. “Sei o quanto a estrada é importante para o Amazonas. Assumi a briga pela BR e vou lutar, com unhas e dentes, contra todas as tentativas de atrasar o desenvolvimento de nossa região”, confirmou.
Na opinião do deputado, a BR-319 é mais que um desejo do povo do Amazonas. “É um direito que não pode mais ser adiado”, defendeu.
Pablo lembrou das pessoas que morreram na capital e interior do Estado por causa da falta de oxigênio hospitalar, em fevereiro e março deste ano. Segundo o deputado, os caminhões trazendo oxigênio demoraram três dias para chegar à Manaus, enfrentando atoleiros e buracos da rodovia.
“Se a BR estivesse asfaltada, os caminhões levariam apenas um dia para chegar a Manaus. Dezenas de pessoas morreram no meu Estado por causa da demora”, lamentou o parlamentar.
O ministro Tarcísio Freitas concordou com as ponderações feitas pelo deputado e disse que o governo Federal tem não tem medido esforços para recuperar a estrada.
“Estamos hoje com um trecho em obras, equivalente a 52 km. Quando a toda a licitação estiver pronta, não faltarão recursos para a rodovia. Aí ela toma força e vai até o final da sua execução”, complementou o ministro.