Na quase totalidade dos municípios do Amazonas, a população convive com ruas esburacadas, esgoto a céu aberto, postos de saúde abarrotados de gente, escolas que funcionam precariamente.
Em minhas viagens pelo interior, visitei uma cidade pequena, 11 mil habitantes, que é uma joia comparada à capital e a tantas outros municípios, onde se ouve muitos lamentos e pouca resolutividade. Itamarati me encantou à primeira vista.
O amor começou pelas ruas com pavimentação perfeita. Quanta diferença! Andei a pé, de carro, de bicicleta. Fui para o Leste, para o Oeste, para o Norte e para o Sul, não vi um buraquinho sequer. Meu Deus, de quem será essa obra que beneficiou o rico e o pobre sem distinção??
Minha esposa se sentiu mal e precisou ir ao médico. Pensei até que estava em outro país. Tinha médico, enfermeiro, exame, remédio. E o lugar era tão limpo que dava gosto. Não tinha fila, nem gente implorando por atendimento. A gente chegou e foi logo recebendo a assistência. Ah, se toda cidade fosse assim. Meus amigos que moram bem pertinho, em outra cidade, ficaram até com inveja.
Fiquei hospedado em casa de conhecidos, que tem filhos pequenos. As crianças iam para a escola com gosto. Também, os prédios são novinhos e pasmem, os professores não faltam. Os alunos têm merenda farta, material escolar e uniforme dado pela prefeitura tanto para quem estuda na sede quanto nas comunidades.
A vizinha, que é mãe solo, recebe R$ 400 para cuidar dos filhos. Um monte de gente ganhou casa novinha e a turma da terceira idade se diverte no Centro de Convivência do Idoso, que está sempre de portas abertas.
Fiquei sabendo que o homem responsável pela gestão eficiente é o prefeito João Campelo. Não tive a oportunidade de ver este cabra macho trabalhador pessoalmente, mas ele tem o meu respeito e admiração. Eu queria poder clonar o prefeito João, assim eu não ia ter de voltar a conviver com essa buraqueira que vive quebrando o meu carro, não ia ver menino fora da escola nem tanta gente chorando com dor.