25.3 C
Manaus
21 de maio de 2025 | 09:31

Roberto Cidade cobra negociação entre entidades e auditores fiscais em greve para evitar prejuízos à economia do Amazonas

Com as atividades aduaneiras suspensas há cinco meses, o movimento grevista dos auditores fiscais da Receita Federal começa a causar transtornos à Zona Franca de Manaus (ZFM). Diante do impasse que prejudica o Polo Industrial de Manaus (PIM), o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), solicitou, via requerimentos, à Receita Federal, ao Ministério da Fazendo e ao Governo Federal para que abram mesa de negociação com a categoria.

“É importante que esse impasse seja resolvido o quanto antes. Nossa economia não pode ser prejudicada, ainda mais, por uma falta de entendimento que se arrasta desde novembro do ano passado. Entendo o pleito dos auditores e meu pedido é para que se forme uma mesa de negociações que dê fim à greve. Essa paralisação já começa a prejudicar o nosso PIM. Mais uma vez, o Amazonas está pagando um alto preço por aquilo que não provocou”, declarou o deputado presidente.

A paralisação dos servidores da Receita tem causado lentidão nos portos, aeroportos e nos terminais alfandegários. “Já são cinco meses de insumos presos, de linhas de produção interrompidas e de prejuízos se acumulando. Quem paga essa conta, no final, é o trabalhador do Polo Industrial, o lojista, o comerciante amazonense”, completou.

A preocupação de Cidade vai ao encontro do que os representantes da indústria do Amazonas vêm falando há meses. O presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, alertou que a greve ameaça o funcionamento das indústrias e pode resultar em demissões em massa. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Manaus), Ralph Assayag, o comércio já começa a sofrer com a falta de mercadorias nas prateleiras.

E o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Jorge Júnior alertou que o sinal vermelho já acendeu para as empresas de ar condicionado, que começam a sofrer com falta de insumos como o gás, além de fabricantes de TV e micro-ondas, que sofrem com a “operação padrão”, que faz com que as mercadorias sejam liberadas com 30 dias de atraso.

“Quero deixar claro que respeito a luta dos auditores fiscais. Reconheço o direito de greve. Entendo a pauta por valorização salarial. No entanto, o país e, principalmente, o Amazonas não pode ficar refém desse impasse. É preciso que o Governo Federal sente à mesa com a categoria e resolva essa situação com urgência. Estamos diante de um colapso logístico que pode paralisar o coração da economia amazonense. Não podemos ficar calados diante disso”, reafirmou.

Foto – Herick Pereira

Leia também outras matérias

Criança com deficiência morre misteriosamente em Manaus

Redação Zero Hora AM

Proposta do deputado Wilker Barreto para que gás de cozinha não tenha aumento ganha força na Aleam

Redação Zero Hora AM

Governo do AM exclui deficientes e restringe participação de mulheres no concurso da PM

Redação Zero Hora AM
Carregando....