27.3 C
Manaus
21 de maio de 2025 | 22:08

Debate sobre Saúde Mental é realizado pelo TCE-AM, em evento do Corregedoria Day

Com o auditório lotado e transmissão online para todo o País, o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) realizou hoje (07-mai) a segunda edição do Corregedoria Day.

O evento integra uma mobilização nacional promovida pelo Instituto Rui Barbosa (IRB) e, no Amazonas, é coordenado pela Corregedoria da Corte de Contas.

Com o tema “Ambientes Institucionais e Saúde Mental: Caminhos para o Cuidado”, a iniciativa reuniu servidores públicos, estudantes e representantes da sociedade civil em torno de um debate essencial para o serviço público: o cuidado com a saúde mental.

“O cuidado com a saúde mental”

O conselheiro-corregedor do TCE-AM, Josué Cláudio Neto, destacou que o objetivo do evento é quebrar tabus e naturalizar o cuidado psicológico no ambiente de trabalho.

“É normal ter um terapeuta. É normal procurar uma ajuda psicológica. É normal ter um psicólogo. E eu também tenho um psiquiatra — e é normal ter um psiquiatra. Essa é a essência desse evento: normatizar, normalizar, fazer com que a gente entenda que buscar apoio emocional não é sinal de fraqueza, é ato de coragem”, disse.

Desafios emocionais no ambiente de trabalho

Na abertura, a conselheira-presidente do TCE-AM, Yara Amazônia Lins, ressaltou que o enfrentamento dos desafios emocionais no ambiente de trabalho deve ser tratado como parte da política de valorização dos servidores. “Um ambiente acolhedor e respeitoso não apenas valoriza quem trabalha conosco, mas melhora diretamente a qualidade dos serviços prestados à sociedade”, afirmou.

Normatização

Após a abertura do evento o pleno do TCE-AM aprovou uma resolução, de iniciativa da Corregedoria da Corte de Contas, que cria a política permanente voltada à Saúde Mental, com a previsão de ações preventivas, acompanhamento psicológico e campanhas internas contínuas sobre o tema.

Ciclo de palestras aborda prevenção e acolhimento

Ao longo da programação, o psiquiatra Luiz Eduardo Wawrick Fonseca abordou os impactos do estresse no serviço público e alertou para os sinais de burnout.

“Precisamos romper com o preconceito que associa sofrimento psíquico à fraqueza. Quem busca ajuda está, na verdade, exercendo coragem e autocuidado”, destacou.

O psicólogo José Humberto da Silva Filho reforçou a necessidade de dar visibilidade à dor emocional. “A dor mental não se vê, mas ela adoece, afasta, quebra vínculos e destrói potencial. Precisamos normalizar o cuidado com a mente como algo essencial à vida”, disse.

Também participou o psicólogo Adenilson Lima Reis, que abordou a logoterapia e a busca de sentido na rotina institucional. “Quando o trabalho se conecta com um propósito, ele deixa de ser peso e se transforma em fator de saúde”, pontuou.

Encerrando as exposições, a mesa-redonda mediada pela psiquiatra Loren Rodrigues Cavalcante, especialista em terapia cognitivo-comportamental, discutiu estratégias práticas para prevenção ao adoecimento mental e promoção do bem-estar nas instituições.

Boas práticas

Durante o evento foi realizado no Museu do TCE-AM uma área com apresentações das ações de saúde realizadas pelos diferentes órgãos parceiros, como: a Secretaria Municipal de Educação (Semed); o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM); Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam); e o CAS – Coordenação de Atenção ao Servidor da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC).

Leia também outras matérias

IMMU volta atrás e suspende multas na Faixa Azul da Constantino

Redação Zero Hora AM

Moradores da Matinha apontam benefícios da limpeza da orla viabilizada pelo vereador Jander Lobato

Redação Zero Hora AM

Governo do AM indeniza últimos imóveis próximo ao Rapidão Rodoanel para andamento da obra

Redação Zero Hora AM
Carregando....