29 de outubro de 2025 | 02:53

Sem aula: alunos de comunidades indígenas e rurais de Envira (AM) irão completar 4 meses sem frequentar a escola

Redação ZH – Embora quase seis meses tenham se passado desde o início do ano de 2025, aproximadamente 1.500 alunos, na ]maioria indígenas da área rural de Envira, localizada a 1.208 quilômetros de Manaus, ainda não iniciaram as aulas. A interrupção das aulas tem provocado não só um atraso na educação, mas também o temor dos pais em perder o auxílio do Bolsa Família, que assegura um mínimo de sobrevivência.


Uma das principais regras do Bolsa Família é garantir que crianças e adolescentes de 4 a 17 anos estejam matriculados na escola e com a frequência mínima exigida. Se a matrícula ou a frequência não forem atendidas, o benefício pode ser bloqueado, suspenso ou até cancelado.

Sem data definida

Até agora, nenhuma escola rural deu início às atividades de 2025, segundo relatos de indígenas ouvidos pela reportagem. A justificativa da administração municipal é a escassez de material escolar nas comunidades. A prefeitura não soube informar a data para início do ano letivo.

Em nota o presidente da casa legislativa, vereador Abraão Cláudio (Republicanos), disse a reportagem que a Câmara de Envira não tem gerencia da educação, o papel do legislativo é fiscalizar as ações do executivo municipal, disse também que já protocolou diversos pedidos de explicações do prefeito e até este domingo (25-mai) a prefeitura não respondeu oficialmente.

Relatos de famílias das comunidades indígenas

“A gente já está em maio, e meu filho continua em casa, sem estudar. Tenho medo de perder o Bolsa Família porque ele não está frequentando aula”, relatou a moradora Maria do Carmo, que mora em uma das comunidades.

O que diz a prefeitura:

Em nota enviada a nossa redação, a Prefeitura de Envira afirmou que os materiais necessários “já foram adquiridos” e que as aulas devem iniciar em breve, não esclareceu uma data. O comunicado ainda justifica o atraso com base na “desestruturação atual encontrada in loco”.

O não cumprimento do início das aulas na zona rural e indígena com base na data divulgada deu-se pela desestruturação encontrada in locos e aquisição de materiais necessários para o início” diz nota. fundamental: a educação.

*Reportagem postada por Fábio Costa

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