Há tempos o Universo Estendido da DC (DCEU, em inglês) nos cinemas, precisa de alguém para lutar contra o caos e a desorganização. É isso que promete ‘Adão Negro’, que estreia hoje (20-out) nos cinemas de Manaus.
Nas histórias em quadrinhos, Adão Negro é um anti-herói, inimigo do Shazam, cujo filme chegou aos cinemas em 2019.
Ambos dividem a mesma mitologia nos gibis. Ambos ganham poderes quase divinos ao falarem uma palavra mágica. Ambos soltam raios, voam e têm super força e velocidade.
A diferença é que durante muito tempo, Adão Negro era uma versão corrompida de Shazam.
Antagonista lá no início, em 1945, ao longo dos anos ele lutou ao lado dos mocinhos algumas vezes, sem nunca deixar de lado totalmente sua natureza mais brutal.
Veja o trailer:
Esta é a versão do filme, um herói relutante que soa e se comporta muito como o próprio ator Dwayne Johnson.
Em “Adão Negro”, ele é trazido de volta à vida cinco mil anos após ganhar seus poderes, meio por acidente, e se envolve na luta para libertar seu antigo reino de uma organização mercenária.
Quebrando tudo
Johnson está ok como o protagonista. Ele inclusive é uma das melhores partes de um filme até esforçado.
O problema é que talvez seu carisma no mundo real seja tão grande que por vezes invade a produção. Em muitos momentos, é difícil separar quem é Adão e quem é o ex-lutador de luta-livre.
As cenas de ação são bem-feitas e exploram bem o nível de poder e ameaça do herói – apesar de exagerarem um tanto na câmera lenta.
O filme escorrega mesmo é na irregularidade de um roteiro perdido. Personagens com motivações nunca explicadas, referências a clássicos de Velho Oeste jogadas de qualquer forma, boas canções usadas como trilha sonora sem qualquer ligação com a trama ou o momento.