Uma aluna do ensino fundamental da Escola Municipal Raimundo Nonato Oliveira Gomes, no bairro Zumbi, levou uma faca para a escola e ameaçou dois colegas com idades entre 7 e 9 anos, dentro da instituição.
Um dos alvos seria um menino autista.
O fato ocorreu ontem (01-jun) e a denúncia foi divulgada hoje (02-jun), pelos pais dos alunos que participaram de uma reunião à portas fechadas com a direção da escola.
Segundo a avó de um aluno, que preferiu não se identificar, a família soube da situação depois do menino chegar em casa nervoso, contando que uma colega abriu a bolsa na hora do lanche e mostrou a faca.
Segundo o menino, a garota disse que levou a arma branca para assassinar os colegas.
“Ele falou: Vó uma coleguinha levou uma faca para a escola (…) A gente estava na hora do lanche e outra coleguinha pegou a bolsa para tirar dinheiro para comprar o lanche e aí eu vi uma faca do tamanho dessa que a senhora corta frango”, relata a mulher.
O menino também relatou que a aluna costumava fazer desenhos dos outros alunos e que sempre marcava um x na cabeça, no peito e em outras partes do corpo deles.
A mulher questiona a falta de segurança na escola e afirma ainda que só não aconteceu uma tragédia porque um dos meninos que seria o alvo não foi para a aula.
“Só não aconteceu uma tragédia porque a criança que ela tinha comentado com outros coleguinhas que ela ia fazer maldade, não veio ontem para a escola. Ele (o alvo) é autista”, disse a avó.
Outro pai, que participou da reunião de hoje, detalhou que o filho também testemunhou o momento. “Várias crianças viram ao mesmo tempo foi quando elas acionaram o professor. Ele tirou ela [a aluna] da sala e trouxe para a secretaria”.
O pai conta ainda que o Conselho Tutelar foi chamado, assim como os pais da garota. Na reunião que ocorreu hoje, os responsáveis pelos demais estudantes foram informados de que a menina será transferida de sala e receberá acompanhamento psicológico.
O homem afirma que a aluna era vítima de bullying pelos colegas e acredita que isso tenha motivado a ação dela.
Nossa reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação de Manaus (SEMED), mas até o momento não teve retorno.