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10 de julho de 2025 | 03:58

Artigo: Parintins, a festa maratona de coisas boas

Por João Miranda

Nesta viagem cheia de tantas atrações e emoções, festa e natureza não está sendo fácil acompanhar a intensidade dos acontecimentos. Olha, entrar no ritmo amazonense deste período de festas não só não foi fácil, mas teve momentos complicados: já comecei “acima dos 100 por hora” quando participei da cobertura jornalística do Festival Folclórico de Parintins.

Foram três dias de intensa movimentação, acompanhando o lado externo da festa, assim como as apresentação do Garantido e Caprichoso. Foram extraordinárias, mas extremamente cansativas. Descrevi meu primeiro dia no artigo anterior, no link (se não leu, te convido).É uma maratona física e mental, onde as pernas não necessariamente conseguiram seguir as vontades e ordens da razão.

Parintins foi importante fonte de conteúdos. A festa em si foi grandiosa, cheia de arte e cultura, de muita alegria e esforço de todos os membros das agremiações Associação Folclórica Boi-Bumbá Garantido, como da Associação Cultural Boi-Bumbá Caprichoso. Essa mistura de força das equipes responsáveis pelas alegorias, somada à alegria dos figurantes e protagonistas das diversas alegorias explodiram com o público participante no bumbódromo, tornando as apresentações vibrantes e cheias de vida própria.

E o público que esteve na ilha para participar do festival… Ah! Que coisa sensacional… Confesso, me conquistou. Deu inveja.Queria que em São Paulo voltasse a ser assim. Milhares de pessoas brincando, cada um com seu boi preferido, cada um com sua forma de “brincar”, seja dançando,  comendo, comprando artesanato ou mesmo passeando… Todos e tudo… Tudo sem qualquer sintonia, todos com seu jeito prório e sem jeito, pra lá e pra cá, indo e vindo, pra cima e pra baixo, mas todos concentrados em ser felizes, em estar alí para se divertir.

Não reconheci qualquer momento de turbulência, de brigas, discussões ou desavenças. E vejam: sou de São Paulo. Somos, os paulistas, extremamente atenciosos e reconhecemos confusão “pelo cheiro”, em movimentos, em grupos, em pequenos distúrbios… Foi muito bom observar que podia olhar para os rostos sem um “tá olhando o que?”, “tá me olhando porque?” etc etc.

Assim pude “curtir” totalmente os lugares, sem me preocupar, sem temer o estresse alheio. Vi muitos sorrisos e gente doidamente divertida, mesmo debaixo desse sol de vocês, que “não é mole”, né?! Até tentei dar minha cota na dança, mas definitivamente não tenho jeito. Mas tudo valeu a pena.

E foi assim que deixei Parintins. Minhas expectativas foram atendidas na íntegra, com os pés pedindo para abandonar a maratona, mas extremamente satisfeito profissional e pessoalmente. Um trabalho que poucos paulistas podem dizer que puderam participar e um turista que simplesmente se perdeu no meio dessa gente vermelha e azul que fez desta festa algo inesquecível, pelo menos para este visitante.

No mais tudo foi tão grandioso que só tenho que agradecer toda a atenção dada e à equipe da qual participei, cuja dedicação foi um exemplo de profissionalismo.

Bom, e chegamos definitivamente à Manaus. Aqui vamos tentar reduzir a intensidade das ações. Vamos guardar o profissional na mala e nos entregaremos ao “turistar”… Bora lá ver no que vai dar!

Obs: não farei comentário sobre sobre méritos e julgamento das apresentações. Ambas foram, para mim, maravilhosas. Ambas agremiações conquistaram minha admiração… Vou deixar a escolha, se a tiver, para o ano que vem… Desculpa boa para voltar, né?!…

Obs da obs:fica aqui um pedido deste humilde participante para a organização do evento: que na próxima edição seja ofereçida aos jornalistas e demais profissionais envolvidos na cobertura do evento um local, ou no local disponibilizado para os mesmos, bancos e/ou cadeiras para que possam sentar e continuar seu trabalho. Seria de grande ajuda, pois foram horas e horas em pé.

*João Carlos Miranda – Jornalista e correspondente em SP do Portal Zero Hora Amazonas

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