Carlos Alberson Pereira do Nascimento, 37, que confessou ter assassinado Cynthia Lisboa Avelino Holanda, 65, e o filho dela, Luiz Carlos Avelino de Holanda, 43, disse à polícia que decidiu matar a idosa porque ela teria rido da cara dele enquanto o mesmo passava pela frente da casa da família na Comunidade Nobre.
Na confissão, Carlos conta ter descoberto que a idosa “era x9” e havia denunciado ele à polícia e já estava “marcando” a vítima para morrer, mas ao vê-la zombar dele, foi tomado pela ira e decidiu matá-la ali mesmo.
“Ele disse que estava passando pelo local armado, viu a senhora lá na frente da casa e que ela teria rido e caçoado da cara dele. Na cabeça dele, a idosa teria rido por ter o dedurado à polícia. Então ele resolveu matá-la naquele momento, matou o filho e foi em busca do neto”, explica a delegada Marília Campelo.
Assim que viu o homem entrar no terreno, Cynthia ainda tentou correr para dentro de casa, mas ficou presa pelo vestido e foi morta logo na entrada. O filho morreu alguns metros depois.
Questionado sobre sua ligação com traficantes e a motivação do crime, uma vez que Carlos afirma que o neto da idosa era alvo por vender drogas na comunidade, o homem diz que não vende entorpecentes e que “apenas pratica roubos na área”.
E destaca que exatamente para isso, ele encomendou armas de Luiz, filho de Cynthia.
A delegada Marília explica que o homem é foragido do Pará e tem cinco passagens por roubos. Atualmente ele tinha três mandados de prisão em aberto e deve responder agora pelo duplo homicídio.
A polícia deve ouvir novas testemunhas nesta semana e está certa do envolvimento de outros criminosos, incluindo um outro executor, que estava com Carlos na hora dos assassinatos, e o mandante dos crimes.