Redação ZH – Uma empregada doméstica de 40 anos foi espancada e um advogado de 35 anos baleado de raspão na perna, na noite desta sexta (18-ago), por volta das 18h20 no estacionamento de um condomínio residencial no bairro Ponta Negra, zona oeste de Manaus.
O disparo foi supostamente efetuado por uma mulher identificada como Juçana Machado, esposa do mestre de jiu-jitsu sétimo Dan e investigador de Polícia Civil, Raimundo Nonato Machado, ambos envolvidos na briga. Imagens da câmara de segurança mostram Juçana com a arma em punho efetuando o disparo contra o advogado.
O quebra-pau
De acordo com a babá, há uns cinco meses vem sendo alvo de xingamentos por parte de Juçana. No início da noite de ontem (18-ago) a doméstica estava saindo do elevador e passou pelo casal em direção a saída. Segundo a vítima, Juçana disse “ainda me olha torto essa fil…da put…..”.
Conforme o relato da vítima, Nonato chamou a empregada de “vagabunda”. Após isso Juçana deu um empurrão na babá e passou a agredi-la com socos. Em vídeos gravados por outros moradores, mostram o momento que a mulher de Nonato está agredindo a babá, que tenta se defender das agressões.
O vídeo mostra, também, que os outros condôminos pedem para que Nonato intervenha na briga mas ele responde dizendo que não e depois, incentiva para a esposa que está em cima da babá, continue as agressões. “Bate na cabeça dela. Na cabeça dela, bate. Acaba a cara dela. Isso chuta, nao deixa ela levantar”, diz o policial civil.
Durante a briga, o advogado, patrão da babá, tentou intervir e o policial partiu para cima dele tentando acerta-lo com um soco. Nonato passa a arma de fogo para esposa. Em um dado momento o disparo é efetuado e acerta a região da panturrilha do advogado. Ele entra na guarita do condomínio em busca de proteção. Após isso foi encaminhado ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA).
O caso foi registrado no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Juçana responderá pelo crime de porte ilegal de arma de fogo restrito e será encaminhado para Audiência de Custódia. Nonato assinou Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O casal já tem Boletins de Ocorrência (BOs) pelos crimes de injúria e ameaça registrados no 8º DIP.
OAB Amazonas vai pedir a expulsão do policial
“O policial civil assinou o TCO, pelo crime de lesão corporal e por ter entregado uma arma de fogo para uma pessoa não habilitada e pelos crimes responderá em liberdade. A OAB Amazonas vai encaminhar à corregedoria da Polícia Civil um pedido de afastamento cautelar e exoneração”, declarou o presidente de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM), Alan Jhonny, presente na unidade policial.