O policial militar Jeremias Costa da Silva vai à júri popular após decisão em 1ª instância do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Ele é acusado de matar a transexual Manuella Otto em um quarto de motel, no dia 13 de fevereiro de 2021.
A defesa do réu entrou com habeas corpus para que ele respondesse pelo crime em liberdade, mas teve o pedido negado, entretanto, entrou com novo recurso e aguarda a análise em 2ª instância.
Em nota, o TJAM informou que “após transitar em julgado e havendo a manutenção da pronúncia, o processo será pautado para julgamento em plenário”.
Relembre o caso
O corpo da mulher trans assassinada dentro de um motel no início da madrugada de sábado (13-fev/2021), foi identificado. Trata-se de Otto de Souza Rodrigues, 25, mais conhecido pelo nome social como Manuella Otto. Ela foi identificada pela mãe após contato do Instituto Médico Legal (IML).
Conforme o laudo médico, Manuella Otto foi morta com um tiro nas costas que atravessou o tórax, além de um tiro no braço esquerdo, em um quarto do motel “Minha Pousada”, na avenida Samaúma, no bairro Monte das Oliveiras, na Zona Norte de Manaus.
Câmeras de segurança do estabelecimento flagraram um homem fugindo em um carro Chevrolet Prisma, de cor branca e placa PHJ-1418. O veículo pertence ao policial militar Jeremias da Costa Silva, lotado na 12ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom).
Nas imagens, o homem tenta fugir por volta de 1h34 de sábado, porém, o portão de saída foi trancado pela funcionária do motel após ouvir barulho de tiro. Inconformado, o pm faz ameaças e depois arromba a porta com o carro, fugindo do local.
A equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) deu inícios as investigações e solicitou junto à Justiça o mandado de prisão temporária em desfavor do policial militar, então, apontado como principal suspeito do crime.
Os levantamentos preliminares dão conta que Jeremias estava afastado das atividades policiais por conta de problemas de saúde. Ele também possui histórico de desavenças com colegas de fardas, principalmente, quando ingeria bebidas alcoólicas.
Há rumores também que o policial seria usuário de cocaína. Até o momento Jeremias não foi encontrado e segue foragido. A DEHS continua investigando o caso.