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14 de novembro de 2024 | 22:59

Câncer ósseo da Rainha Elizabeth II é revelado por ex-primeiro-ministro; entenda sobre subtipos da doença em adultos

O ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson revelou em sua autobiografia Unleashed, que será lançada em 10 de outubro, que a rainha Elizabeth II enfrentava um câncer nos ossos no último ano de sua vida, violando assim o protocolo real.

Johnson relembra os últimos dias da monarca em Balmoral, na Escócia, destacando que o diagnóstico ocorreu pelo menos um ano antes de sua morte, em setembro de 2022. Desde então, houve muita especulação sobre as causas da morte da rainha.

Em um trecho divulgado pelo Daily Mail, Boris Johnson escreveu: “Eu sabia há um ano ou mais que ela tinha uma forma de câncer ósseo, e seus médicos estavam preocupados que a qualquer momento ela pudesse entrar em um declínio”. No entanto, na certidão de óbito da monarca, a causa da morte foi registrada como “velhice”.

O ex-ministro também descreveu o declínio da saúde de Elizabeth II em seu último encontro, destacando que ela “parecia pálida e curvada, e tinha hematomas nas mãos e punhos, provavelmente devido às injeções e acessos”.

Embora raros, os sarcomas ósseos merecem atenção especial no diagnóstico e tratamento em adultos. A American Cancer Society indica que os tumores ósseos não metastáticos representam menos de 1% de todos os tipos de câncer, o que destaca a importância do reconhecimento precoce dos sintomas e da realização de exames adequados.

Embora o osteossarcoma seja mais prevalente na população infantojuvenil, correspondendo a 3 a 5% de todos os tumores nesta faixa etária segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os adultos também podem ser afetados por diferentes tipos de sarcomas.

Principais subtipos de sarcomas ósseos

A classificação dos tumores ósseos leva em consideração os tecidos produzidos pelos tumores. Podem atingir ossos e cartilagens. Os principais tipos são:

  • Osteossarcoma – é o tipo mais comum de sarcoma ósseo. Acomete crianças, adolescentes e jovens adultos com mais frequência. Ocorre normalmente em ossos longos, como o fêmur, ossos dos braços e da pelve;

 

  • Tumor de Ewing ou Sarcoma de Ewing – é o segundo tipo de tumor ósseo maligno mais comum e acomete crianças com mais frequência. Os locais em que costuma surgir são as regiões do fêmur e da pelve. Altamente agressivo, pode se desenvolver também em tecidos de partes moles, como músculos. 
  • Condossarcoma – o tecido fundamental desse tipo de tumor ósseo é formado por cartilagem. Surge mais frequentemente em ossos longos e da pelve.

 

Além dos três tipos mais frequentes, fazem parte desse grupo tão heterogêneo outros subtipos, como sarcoma pleomorfo do osso, fibrossarcoma, tumor ósseo de células gigantes e cordoma.

Sinais de alerta 

O sarcoma pode ocorrer em qualquer parte do corpo e costuma atingir na maioria dos casos ossos e também as chamadas partes moles, como músculos, cartilagens, nervos, entre outros. “Existem diversos tipos de sarcoma, que são definidos a partir das células que se originam e ainda seu grau de agressividade. Em linhas gerais, é um câncer que atinge especialmente ossos e partes moles, como células de gordura, músculos, cartilagens e nervos periféricos. Estima-se que em pelo menos 50% dos casos dos sarcomas de tecidos moles e em grande parte dos casos, 75%, os tumores costumam se desenvolver nos braços e pernas”, explica Bruna David, oncologista da Oncoclínicas.

Esse tipo de tumor, considerado raro, não tem seus dados estabelecidos pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) devido sua baixa incidência no país. “Os principais fatores de risco para o sarcoma são as doenças genéticas hereditárias, tratamentos de radioterapia na infância e ainda histórico de retinoblastoma, câncer de colo do útero, mama ou linfoma”, comenta a médica.

Apesar da pluralidade de tipos da doença, Bruna David ressalta que dentre os sarcomas de partes moles, os mais frequentes são os chamados lipossarcomas (que se originam em células de gordura) e os sinoviossarcomas, que afetam tendões e articulações.

Já no grupo dos sarcomas ósseos, chamam especialmente a atenção os osteossarcomas, tipo de câncer infantojuvenil mais comum no Brasil. “Alguns sarcomas aparecem mais em determinadas faixas etárias. Esse é o caso dos osteossarcomas, que por ser um tipo de câncer que começa nas células formadoras dos ossos é comum que seja mais frequente em pacientes pediátricos”, ressalta a especialista.

De acordo com a oncologista da Oncoclínicas, como os sarcomas podem surgir em qualquer parte do corpo, os sintomas variam conforme a localização da lesão e das estruturas vizinhas afetadas. Geralmente, os sinais da doença incluem presença de uma massa, um edema ou ainda mudanças na sensibilidade da área do corpo afetada. “Como raramente a doença apresenta sinais como febre, perda de peso ou fadiga, o que pode sugerir algum problema de saúde é um possível caroço com crescimento evolutivo e incômodo local”, diz.

Sintomas mais evidentes surgem já no estágio avançado da doença, justamente quando passa a pressionar os órgãos. “Os sinais, que costumam ser confundidos com o de outras doenças comuns, merecem atenção e uma investigação detalhada. Por isso, é importante ficar em alerta quanto a nódulos ou tumoração indolor, sangue nos vômitos, dor abdominal que fica mais intensa com o passar do tempo, fezes escuras e ainda sangue nas fezes”, completa Bruna David.

Diagnóstico

Infelizmente, não existe nenhum exame de rotina capaz de detectar a doença precocemente. Para o diagnóstico de sarcoma, é realizada uma biópsia que retira um fragmento para avaliação anatomopatológica. “O procedimento recomendado para o paciente irá depender de alguns fatores, como o tamanho e também a localização desse tumor”, reforça a especialista. Vale lembrar ainda que se houver áreas suspeitas, pode ser feita a retirada para análise microscópica.

Como o tratamento é feito

Após a análise de cada caso, o tratamento dos sarcomas pode envolver combinações variadas entre cirurgia, radioterapia e quimioterapia – sendo a primeira alternativa o procedimento mais realizado.

Quando o tumor está em estágio inicial, dependendo ainda de sua localização, pode ser recomendado a retirada total. Em casos mais avançados, cirurgias maiores podem ser recomendadas, necessitando da amputação do membro acometido. Contudo, vale reforçar que a orientação é sempre preservar ao máximo o membro do paciente.

Em casos como esse, a quimioterapia e/ou radioterapia podem ser combinadas das seguintes maneiras:

  • Neoadjuvante: antes da operação, para reduzir o tamanho do tumor e facilitar o procedimento, além de preservar ao máximo os tecidos saudáveis.
  • Adjuvante: depois da cirurgia, para diminuir a chance de que a doença apareça novamente.
É possível prevenir?

A grande maioria dos sarcomas não estão ligados a uma causa específica, por isso, não é possível definir uma maneira de prevenir o tumor. Contudo, Bruna David reforça a importância de adotar hábitos saudáveis e transmitir informações de qualidade.

“É fundamental investir na moderação da ingestão de bebidas alcoólicas, ter uma dieta balanceada rica em fibras, frutas e vegetais crus, evitar o tabagismo e praticar exercícios físicos regularmente. Além disso, caso o paciente perceba um nódulo, é necessário a investigação imediata”, finaliza.


Sobre a Oncoclínicas&Co

Oncoclínicas&Co é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico, oferece um sistema completo que integra clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade. Conta com 142 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso de qualidade em todas as regiões que atua, alinhados aos padrões dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com foco em tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas realizou aproximadamente 635 mil tratamentos em 2023. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos principais centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, especializada em bioinformática, em Cambridge, Estados Unidos, e participação na MedSir, dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer, em Barcelona, Espanha. Recentemente, expandiu sua atuação para a Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando a missão de vencer o câncer para um novo continente e proporcionando cuidados oncológicos em escala global, ao combinar a hiperespecialização oncológica com abordagens inovadoras de tratamento.

A companhia integra a carteira do IDIVERSA, índice lançado pela B3, destacando empresas comprometidas com diversidade de gênero e raça. Para maiores informações acesse: www.grupooncoclinicas.com

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