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21 de novembro de 2024 | 09:35

Com mais de 1.200 pronunciamentos, Wilker Barreto foi o deputado mais atuante da Assembleia Legislativa

Considerado o parlamentar mais ativo da 19ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) obteve números significativos em seu primeiro mandato na Casa Legislativa.

Segundo dados obtidos no portal da Aleam, Wilker foi o campeão em pronunciamentos, com 1.224 discursos, entre 2019 a 2022.

Somente neste ano, foram 217 pronunciamentos na tribuna da Casa.

Em quatro anos consecutivos, Wilker se destacou por denunciar irregularidades do governo do Amazonas, propondo melhorias e cobrando soluções do Estado para problemáticas na prestação de serviços em áreas essenciais, como da saúde, educação e segurança.

Seus discursos, realizados com provas, são têm como base documentos, estudos e inspeções ‘in loco’, e tradicionalmente apresentados no plenário para o conhecimento dos deputados estaduais e, sobretudo, da sociedade amazonense.

Foram 342 discursos em 2019, 285 em 2020, 380 em 2021 e mais 217 neste ano, totalizando 1.224 pronunciamentos.

“As pessoas me perguntam por que eu continuo na tribuna? Quando forem puxar na história, encontrarão pronunciamentos desse deputado que não concordou com a chacina de um povo esquecido por aqueles que deveriam defender”, refletiu Barreto.

Saúde

A saúde pública foi a principal bandeira defendida por Wilker na Assembleia Legislativa durante todo o mandato, sendo o porta-voz de problemas recorrentes na rede pública estadual, como o atraso salarial dos profissionais terceirizados, a falta de medicamentos e insumos essenciais nas unidades de saúde, superlotação e as péssimas condições de trabalho oferecidas aos trabalhadores.

Uma das principais cobranças do deputado ao longo dos últimos quatro anos foi o pagamento do ticket alimentação e o risco de vida (periculosidade) a mais de seis mil profissionais da saúde contratados pelo Governo, em 2020, sob o Regime do Direito Administrativo (RDAs).

A dívida do Executivo com a categoria já ultrapassou a ordem dos R$ 60 milhões, apesar dos inúmeros apelos do parlamentar para solucionar o problema.

Foi Wilker, também, que revelou que mais de 500 profissionais da saúde estão com salários atrasados, que variam de um a seis meses.

São eles: 219 funcionários da Segeam que prestam serviços no Programa Melhor em Casa (Atenção domiciliar através de equipe multidisciplinar); 270 enfermeiros intensivistas contratados do IETI para atuação em UTIs de cinco unidades de saúde referências no Estado; e 30 médicos que também atuavam nos setores de UTI e enfermaria do Instituto da Mulher Dona Lindu e HPS Dr. João Lúcio.

Estes últimos foram expulsos das unidades para que outra empresa assuma os serviços.

“Passado o Natal, pergunto ao governador como ele teve coragem de deixar 30 médicos do Dona Lindu e Platão Araújo sem receber há 6 meses? Pra piorar, os profissionais foram expulsos das unidades na véspera de Natal para outra empresa assumir. Que presentão! Saíram sem nada!”, disse Wilker.

Em maio de 2020, durante a pandemia da Covid-19, o parlamentar teve atuação de destaque na CPI da Saúde do Amazonas que investigou os atos do Governo no período pandêmico e contribuiu com diversas denúncias, como a compra superfaturada de respiradores inadequados, numa loja de vinhos.

O desdobramento envolveu a Polícia Federal (PF) na operação ‘Sangria’. O governador é réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ), também, pelo caso.

Na época, Wilker foi membro da Comissão Especial da Aleam que acompanhou a execução orçamentária e financeira das medidas de emergência de saúde pública da Covid-19.

Educação

Na educação, Wilker também usou a tribuna para revelar várias irregularidades na Secretaria de Estado da Educação e Desporto (Seduc) contra o dinheiro público.

O parlamentar denunciou vários contratos com indícios de superfaturamento e dano ao erário, mas o caso que mais chamou atenção foi o da “Dantas Transportes”, revelado por Wilker em 2019 e se referia a prestação do transporte escolar na capital e interior do Amazonas.

Na ocasião, o contrato firmado pela pasta previa a contratação de 2.834 profissionais entre motoristas de ônibus e micro-ônibus, condutor de embarcação e monitores, porém, apenas 278 funcionários foram registrados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Entretanto, o valor pago pelo Seduc não foi abatido, o que levou ao gasto de R$ 408.865,66 mil por cada dia letivo. Com isso, o Executivo estadual realizou o pagamento de mais de R$ 100 milhões à empresa Dantas Transportes sem saber se o serviço foi executado na sua plenitude.

Denúncias como dos pagamentos milionários para aquisição de livros paradidáticos, que somam mais de R$ 250 milhões, e o indício de fraude no contrato celebrado entre Seduc e Hapvida, no valor de RS 87 milhões, para a oferta de plano de saúde aos servidores da educação que atuam no interior do Amazonas, mas que não recebem o serviço, também foram algumas revelações trazidas pelo parlamentar na tribuna do Legislativo Estadual.

Segurança

Já na segurança, a onda de violência que tomou conta do Amazonas nos últimos anos também foi motivo de preocupação de Wilker Barreto, que sugeriu diversas medidas ao Governo para conter os atos violentos, mas todos foram ignoradas.

Uma das sugestões recentes foi a criação de uma força-tarefa entre os órgãos da segurança pública do Estado e as Forças Armadas para combater os ataques piratas nos rios amazônicos e a disputa das facções criminosas pelo controle das rotas do tráfico de drogas.

A proposta do parlamentar foi feita no dia 1º de agosto de 2022, durante reunião com o secretário da SSP-AM, general Carlos Alberto Mansur.

Em 12 de fevereiro de 2020, Wilker criticou duramente a decisão do governador Wilson Lima (União Brasil) em recusar ajuda da Força Nacional para conter a onda de violência em Manaus, resultante da guerra entre facções criminosas no Estado e que instalou o caos pela insegurança na população.

Na época, o então ministro da Justiça, Sérgio Moro, ofereceu o envio da força nacional de segurança para manter o controle e a ordem diante do alto índice de mortes violentas, mas o chefe do Executivo estadual dispensou a ajuda.

O “não” causou um debate acalorado entre Wilker e os deputados da base governista, que concordaram com a decisão do governador.

“O pronunciamento da base destoa da opinião pública. Quando a União oferece a Força Nacional, é porque ela já tem um mapeamento da problemática e a vinda do reforço permitiria ao governo dividir atribuições. Na guerra contra a violência, toda ajuda é bem-vinda. Quem assume o governo, ou enfrenta os problemas ou assume a sua incompetência”, ponderou o parlamentar, na ocasião.

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