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21 de novembro de 2024 | 15:55

Corpos de jornalista e indigenista são encontrados esquartejados e carbonizados

A Polícia Federal confirmou agora à noite (15-jun) o encontro dos corpos do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, que estavam desaparecidos desde o último dia 5, na região do Vale do Javari, no município de Atalaia do Norte, no extremo oeste do Amazonas, na divisa com o Peru.

Em coletiva de imprensa na sede da superintendência da PF, em Manaus, representantes dos órgãos que integram a força-tarefa deram informações sobre os 10 dias de investigação e não descartaram a participação de outras pessoas no caso.

Um dos pescadores detidos pela polícia, Amarildo dos Santos, o Pelado, irmão de Osoney da Costa, o Dos Santos, levou os agentes da força-tarefa até o local onde executaram Dom Phellips e Bruno Pereira.

Amarildo confessou que pescavam pirarucu na região quando foram alertados pelo jornalista e pelo indigenista, que fotografavam a cena.

Eles renderam os dois, levaram para uma uma vala, onde mataram, esquartejaram os corpos, tocaram fogo e enterraram. O barco em que os dois estavam foi afundado com pedras e somente amanhã a polícia voltará ao local para resgatar a embarcação do fundo do rio.

Segundo o superintendente da PF no Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, após a confissão de Amarildo, na noite de ontem (14-jun), eles foram hoje cedo até o local, de difícil acesso, com uma hora de lancha e mais de três quilômetros mata a dentro.

“Encontramos os corpos em local de difícil acesso. Local sem contato telefônico. Estão sendo realizadas escavações. A distância percorrida durante as buscas foi de 26 km na região, cerca de 70 km de navegação no rio”, informou Fontes.

“A invesigação ainda está em andamento em caráter sigiloso. Estamos realizando diligências com todos as forças integradas, trabalhando de forma ininterruptas”, disse.

Participam da força-tarefa a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas com o Corpo Bombeiros, a Polícia Militar e Civil, além da Marinha e ao Exército, que participaram com barcos e helicópteros. A força-tarefa fez referência a participação do Ministério Púublico e da Justiça do Amazonas.

O delegado da Polícia Civil amazonense, Guilherme Torres, disse que a investigação ainda é parcial. “Não descartamos que outras pessoas ainda envolvidas”, afirmou ele.

“Um grande passo foi dado hoje para o esclarecimento desse caso brutal. Policiais de Atalaia do Norte e as Forças Armadas em deslocamentos rápidos com helicópteros foram essenciais na investigação”, finalizou

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