Após denunciar a perseguição ao qual vem sofrendo por parte do governo do Amazonas, o comediante Tiago Caldeira, conhecido como Abdias Cabucão, ainda não recebeu apoio da classe artística amazonense.
As denúncias de perseguição e intimidação reveladas pelo comediante são graves e expõem como funciona o jogo sujo pelo poder no Amazonas.
Diante da gravidade, esperava-se que a classe artística do Estado se manifestasse em defesa do comediante. Mas após uma semana de as denúncias virem à tona, nenhum artista defendeu Tiago Caldeira.
Afinal, o que está acontecendo? Seria a classe artística amazonense tão desunida? Ou seria medo de mais represálias e perseguições por parte do governo estadual?
Reinou o silêncio
Poetas, escritores, músicos, compositores, comediantes e uma série de outras atividades ligadas à arte e cultura ficaram emudecidas.
São justamente os profissionais que sempre tiveram a voz altiva para lutar contra os poderosos, em defesa dos fracos. Mas desta vez reinou o silêncio.
Um silêncio que incomoda, que reflete a apatia e, infelizmente, o medo de nossos artistas em confrontar os poderosos.
O poder nas mãos de criminosos não é eterno. Ele chega ao fim, mais cedo ou mais tarde. Mas a perseguição aos mais fracos jamais será esquecida. Ela será eternizada em músicas, no cinema, em fotos e reportagens.
É uma forma de não cometermos o mesmo erro duas vezes.