Redação ZH – Os estudantes da rede pública de Manaus começaram a ser revistados com detectores de metais ao entrarem nos colégios. Uma equipa de 350 agentes de portaria, contratados pela prefeitura, são encarregados de usar os aparelhos para revistar os estudantes e mochilas.
O uso dos detectores começou na segunda-feira (17-abr) e cumpre uma determinação judicial assinada pelo juiz Saulo Góes Pinto, do Juizado da Infância e da Juventude Cível.
A medida vale para todas as escolas vinculadas à Secretaria Municipal de Educação (Semed).
O portal Zero Hora AM visitou algumas escolas na manhã desta quarta-feira (19-abr) e conversou com estudantes e pais de alunos.
A jovem Letícia Lemos, de 14 anos, aprovou o uso dos detectores. “Se é para nossa segurança, dos professores e de todas as pessoas que frequentam a escola, tenho certeza que o aparelho é bem vindo”, afirmou.
Reclamação dos estudantes
O estudante Cláudio Damasceno, de 15 anos, não gostou de ficar na fila, na porta da escola, à espera de ser revistado. “Agora temos que ficar numa fila demorada até todo mundo ser verificado. Se a máquina apita, temos que abrir a mochila e mostrar tudo que tem dentro”, reclamou.
Leandra Ferreira, de 15 anos, também reclamou dos detectores. “O aparelho apitou quando chegou perto do meu piercing. Fiquei envergonhada, pois todo mundo na fila olhou pra mim, como se eu estivesse escondendo alguma coisa”, relatou a jovem.
A mãe de um estudante, Tônia Nery, aprovou os detectores e metais e a contratação dos agentes. “No momento, estou me sentindo mais segura e confiante em deixar meus filhos na escola. Os agentes e a inspeção passam mais confiança para a gente e nos tranquiliza”, finalizou.