O senador Eduardo Braga (MDB/AM) voltou a reforçar, neste sábado (16/07), nas suas redes sociais, a campanha contra a instalação do Sistema de Medição Centralizada (SMC) da Amazonas Energia. O serviço que está proibido pela Justiça amazonense.
O parlamentar gravou um vídeo onde relembrou a todos os amazonenses sobre a liminar concedida, em segunda instância, no dia 8 de junho, pelo desembargador Lafayette Carneiro Vieira Junior, que suspende a instalação dos equipamentos.
“Mais uma vez no dia de hoje, na Vila Marinho e na Compensa, o povo teve que reagir para não permitir que os novos medidores, que ficam instalados no alto do poste, fossem instalados. Conseguimos mais uma vez expulsar a Amazonas Energia e não permitir que fossem instalados esses medidores”, disse Eduardo Braga.
O senador colocou à disposição da população amazonense, por meio de aplicativo de mensagens, a cópia da liminar do desembargador que não permite os medidores em Manaus.
“Portanto, não permitam que esses medidores sejam instalados. Nós estamos à disposição para fazer este enfrentamento”, afirmou Braga.
A atitude de Eduardo demonstra, definitivamente, que o parlamentar não tem ligações empresariais ou é dono da Amazonas Energia, como grupos adversários criam notícias falsas para prejudicar o senador.
Essa é a segunda vez que o parlamentar consegue na Justiça amazonense o cancelamento da implantação do SMC.
A primeira aconteceu em janeiro, quando o juiz Manoel Amaro de Lima determinou a suspensão dos serviços. Em maio, o magistrado revogou a própria decisão e os equipamentos voltaram a ser instalados.
Laudos são insuficientes
De acordo com o desembargador Lafayette Carneiro Vieira Junior, a apresentação de laudos técnicos de 57 medidores apresentados pelo Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem) não são suficientes para provar que os equipamentos não causam danos no aumento do consumo na conta de energia ao consumidor.
O magistrado destacou que a Amazonas Energia não pode se limitar apenas aos resultados dos testes realizados pelo Ipem e determina que a empresa faça inspeções em todos os equipamentos.
“É imprescindível a produção ampla de provas de modo a municiar o julgador de todos os elementos capazes de demonstrar a não ocorrência de possíveis danos ao patrimônio público”, disse.
A nova medida judicial beneficia mais de 1,030 milhão de consumidores amazonenses, segundo informações da Amazonas Energia. Desde o início do ano, a instalação do SMC é motivo de protestos em Manaus e no interior.
Neste sábado, moradores dos bairros Vila Marinho e Compensa impediram que funcionários da Amazonas Energia implantassem os novos medidos na localidade, mostrando a liminar concedida pela Justiça do Amazonas.