Cientistas de todo Brasil participaram nesta semana de um evento sobre a crise climática e avaliaram dados sobre o aquecimento das águas do oceano Atlântico, conhecido como fenômeno El Niño.
A previsão dos cientistas é que o fenômeno ainda não chegou ao nível máximo, que deve acontecer em dezembro.
Isso significa que a estiagem severa que atinge o Amazonas, assim como a falta de chuvas, deve seguir até a virada do ano.
Segundo os especialistas, o El Niño atinge o pico em dezembro e deve provocar agravamento dos extremos climáticos no Brasil, que sofrerá com algumas regiões registrando forte calor e outras tempestades.
Além do El Niño, o Atlântico Norte ainda está quente, o que influencia as condições climáticas na Amazônia.
“A situação está perigosa. A chuva já deveria ter começado na Amazônia, mas veio muito fraca. Teremos o prolongamento e acentuação da seca no norte. Também no nordeste, há sinais que a chuva vai atrasar, e haverá seca”, disse José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
“Estamos avisando há meses, o cenário só piora. Os governos já deveriam estar preparados”, acrescentou.
Segundo dados da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), o mês de outubro foi o mais quente já registrado e 2023 deverá ser o ano mais quente dos últimos 125 mil anos.