Integrante da Academia Brasileira de Letras, ela lançou seu primeiro livro aos 15 anos
Uma das maiores escritoras do Brasil e integrante da Academia Brasileira de Letras, Lygia Fangundes Telles morreu neste domingo (3), aos 98 anos de idade, em São Paulo.
Lygia é autora de obras importantes e famosas como Porão e Sobrado (1938), Ciranda de Pedra (1954), Verão no Aquário (1964), Antes do Baile Verde (1970), As Meninas (1973), Seminário dos Ratos (1977), Mistérios (1981), As Horas Nuas (1989), entre outras.
Nascida em São Paulo, Lygia nasceu em São Paulo em 19 de abril de 1923. Filha de um promotor público (Durval de Azevedo Fagundes) e de uma pianista (Maria do Rosário Silva Jardim de Moura), a escritora mostrou interesse pela escrita desde muito cedo. Com a ajuda de seu pai, publicou seu primeiro, Porão e Sobrado, em 1938, aos 15 anos. Dois anos mais tarde entrou na Escola Superior de Educação Física, em São Paulo. Também se formou em Direito no Largo de São Francisco.
Ainda muito jovem, conviveu com Mario de Andrade e Oswald de Andrade. Casou-se em 1947 com o jurista Goffredo da Silva Telles com quem teve um filho, Goffedo da Silva Telles Neto. Separou-se em 1960 e, em 1963 se casou com Paulo Empílio Sales Gomes, um crítico de cinema.
As Meninas, um de seus livros mais conhecidos, foi lançado em 1973 e deu alguns prêmios importantes para Lygia, entre eles o Jabuti. Como consequência de seu trabalho, em 1987 a escritora entrou para a Academia Brasileira de Letras, onde ficou com a cadeira de número 16.