Ele foi pastor evangélico por 15 anos. Ela foi criada por pais conservadores e sempre frequentou cultos evangélicos.
Mas as dívidas e outras dificuldades da vida moderna levaram o casal a explorar o mundo do relacionamento liberal e produzirem conteúdo adulto em busca de renda extra.
Embora tenham o passado religioso em comum, quando Luiz Rodrigo Gonçalves, de 40 anos, conheceu Pamela Gabrielle Oliveira, de 22, eles já não frequentavam a igreja com a mesma assiduidade.
Antes de ser pastor, Luiz passou pelo mundo do crime e chegou a cumprir pena.
Após cinco anos, ele se encontrou nas comunidades cristãs de Pouso Alegre (MG), onde morou por sete anos.
Ao sair da igreja, ele se arriscou a viver uma relação liberal, mas não funcionou como o esperado.
Por isso, continuou a vida sem mais pretensões com os relacionamentos. A escolha também gerou estranhamento entre os irmãos da igreja.
Já Gabrielle, viveu no meio evangélico até os 19 anos. Após se desvincular da religião, se envolveu em uma relação que não deu certo e chegou a desistir de namorar durante um tempo – decisão que mudou ao encontrar Luiz.
“Independente do que a gente gosta de viver e curtir, a gente nunca se afastou das coisas de Deus”, destacou o ex-pastor.
Casal liberal
Foi em novembro do ano passado que, devido a uma pessoa em comum, eles se conheceram em na cidade de Pouso Alegre (MG). Sem saber que ambos curtiam “algo diferente”, o relacionamento evoluiu rápido.
Sem amarras e sem vergonhas, o casal se “jogou” no desafio de viver uma “vida dupla”.
Conciliando a rotina com a produção de conteúdo adulto, o objetivo deles é tornar a atividade um trabalho fixo.
“O que inspirou a começar foi a vontade de fazer o que gostamos, e unir o útil ao agradável”, explicou Gabrielle.
Durante o dia, Luiz Rodrigo atua como chef de cozinha em um restaurante. Enquanto isso, Pamela Gabrielle trabalha como modelo e cuida da rotina da casa.
“Antes de fazer os conteúdos, ela cuida da casa, eu trabalho como chef de cozinha e só depois a gente entra nesse outro mundo. Depois da meia-noite a gente começa a fazer esse trabalho”, conta Luiz.
Atendendo ao pedido dos clientes
Investindo na quebra de rotina como fonte de renda, eles gravam vídeos do cotidiano e até ficções baseadas em pedidos de assinantes – como o roleplay, prática de encenação que pode envolver elementos eróticos. Sem se preocupar com roteiros, o importante é sair do comum.
Os valores faturados não costumam ser revelados por questão de segurança, mas podem superar os R$ 50 a R$ 100 mil.