Mais de 3,4 mil pacientes em tratamento médico fora do Amazonas voltaram a receber parte da ajuda de custo liberada pelo governo do Estado.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM), foram repassados, de forma parcial, R$ 1,790 milhão para empresa Uatumã Turismo e Eventos Eirelli, responsável pelos serviços de agenciamento de viagens dos pacientes e acompanhantes cadastrados no programa TFD (Tratamento Fora de Domicílio).
A normalização do pagamento foi feita após cobrança do deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania), que reclamou da falta de assistência do Executivo estadual nas emissões das passagens aéreas e no repasse do auxílio financeiro aos beneficiários.
Coordenado pela SES-AM, o Tratamento Fora de Domicílio é uma estratégia das secretarias de saúde, estaduais e municipais, e consiste em garantir assistência à saúde aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em outros Estados, quando não houver mais possibilidade de recuperação total ou parcial da saúde do paciente no seu local de domicílio.
Após a cobrança de Wilker, o deputado da base governista, Dr. Gomes (PSC), se posicionou afirmando que o secretário da SES, Anoar Samad, durante reunião com familiares dos pacientes em TFD, acertou a liberação de R$ 1,9 milhão naquele mesmo dia (13/12), mais R$ 3,9 milhões até o dia seguinte (14/12) e o restante de R$ 1 milhão até o final do ano (31/12), totalizando cerca de R$ 6,8 milhões.
Porém, até o presente momento, o Governo pagou apenas R$ R$ 1.790.062,37 à empresa Uatumã, conforme consta no Portal da Transparência.
Para Wilker, a liberação parcial do pagamento não soluciona o problema e coloca em risco a saúde dos pacientes em Tratamento Fora de Domicílio (TFD), que buscam atendimentos como consultas médicas para avaliação clínica, soroteca (armazenamento de amostras biológicas) e tratamento pós-transplante renal, de medula e do coração.
“Se o Governo repassou apenas uma parte após a denúncia, isso significa que procede a denúncia e que está em atraso. As famílias estão pedindo socorro! Gestão não se faz apenas apagando incêndio. Isso é uma irresponsabilidade, são pessoas que buscam o TFD para encontrar o mínimo de chances e de esperança de vida em outros Estados”, finalizou Barreto.