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23 de novembro de 2024 | 04:20

Governo do AM repete mesmos erros no combate à pandemia; quem paga o preço são os amazonenses

Nos dias 14 e 15 de janeiro de 2021, foram relatadas oficialmente 31 mortes por asfixia nas unidades hospitalares da rede estadual de saúde. Além disso, dezenas de outras pessoas faleceram em suas residências por não terem conseguido leito nos hospitais públicos mantidos pelo Governo do Estado.

São pacientes que, por não terem assistência médica, tiveram seus quadros clínicos agravados, levando as pessoas à morte.

O problema foi relembrado pelo deputado estadual Dermilson Chagas.

Segundo o parlamentar, o Governo do Amazonas foi, de acordo com a empresa White Martins, alertado que o Estado poderia sofrer com a falta de oxigênio medicinal devido ao alto consumo registrado nos meses de maior incidência de contágio por coronavírus.

O Estado, porém, não providenciou à tempo o estoque de oxigênio, causando dezenas de mortes por asfixia.

“Por mais de 20 dias, a população do Amazonas se viu dentro de um grande crise de falta de oxigênio medicinal, o que obrigou os familiares dos pacientes a empreender uma corrida contra o tempo para salvar seus parentes”, relembra Dermilson.

“O Estado, entretanto, não fez nada para ajudar os pacientes. O Amazonas foi salvo pela caridade de artistas, eentre eles Whindersson Nunes, Gustavo Lima, Tirulipa, Paulo Gustavo, que encabeçaram um grande movimento de solidariedade ao povo amazonense. Apesar disso, muitos pacientes já tinham falecido. O Estado simplesmente não agiu”, criticou Dermilson Chagas.

O deputado disse que desde novembro de 2021, alguns pesquisadores da Fiocruz e de outras instituições renomadas, entre eles o cientista Jesem Orellana, vêm alertando o Governo do Amazonas sobre a possibilidade de que uma terceira onda já esteja em curso.

Novamente, o Governo do Estado está agindo como se o perigo não existisse, apesar dos números de infectados e de internações estarem aumentando velozmente, tanto na capital quanto no interior do Amazonas, conforme informa a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM).

“Por mais de 20 dias, o Amazonas viveu o horror da falta de oxigênio. O ápice foi nos dias 14 e 15 de janeiro, quando a rede estadual de saúde esgotou o seu estoque de oxigênio. Isso foi um verdadeiro crime contra a humanidade”, denuncia Dermilson.

“Essas mortes não são apenas números. Foram vidas perdidas devido à negligência do Governo do Estado”, criticou Dermilson.

 

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