O Governo do Amazonas possui um saldo de mais de R$ 13 bilhões, referente à arrecadação tributária do período de 2019 a 2021. A afirmação foi feita pelo deputado estadual Dermilson Chagas (Republicanos).
O parlamentar explicou que as receitas previstas desse triênio eram de mais de R$ 54,9 bilhões e que a arrecadação superou essa expectativa, gerando mais de R$ 68,4 bilhões para os cofres do Estado.
O deputado Dermilson Chagas também explicou que o montante das receitas realizadas de 2019 a 2021, R$ 68,4 bilhões foram superiores ao período de 2013 a 2018, dos governos de Omar Aziz, José Melo, David Almeida e Amazonino Mendes cuja arrecadação nesse período foi de mais de R$ 63,2 bilhões.
“Ou seja, a gestão Wilson Lima arrecadou mais de R$ 5 bilhões do que todas as gestões de 2013 a 2018, portanto, o Governo do Amazonas está com um superávit de arrecadação”, comentou o deputado Dermilson Chagas.
O parlamentar também informou que, no ano de 2022, o Governo do Amazonas já arrecadou, de janeiro a abril, mais de R$ 9,7 bilhões, enquanto no mesmo período do ano passado o arrecadado foi de R$ 2,3 bilhões.
“Em resumo, a arrecadação tributária tem se mantido em uma crescente desde o início desta gestão, portanto não há justificativa para a falta de investimentos na segurança pública, na educação, na saúde e na infraestrutura, que são as áreas com mais problemas crônicos desta gestão”, enfatizou o deputado Dermilson Chagas.
Dinheiro mal investido
O deputado Dermilson Chagas enfatizou que, apesar de o Governo do Amazonas estar com um saldo de R$ 13,4 bilhões nos cofres do Estado, os recursos são mal investidos, porque os novos gestores das principais pastas da Administração Estadual não conseguiram solucionar os problemas para os quais foram convocados.
O parlamentar utilizou como exemplo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), cuja cúpula foi trocada em agosto de 2021, após o episódio a prisão do envolvimento do secretário de Inteligência, o delegado Samir Freire, em julho do ano passado, no caso de roubo de ouro ilegal.
Há também o caso da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), que continua com longas filas no SisReg, com paralisação de cirurgias cardíacas para crianças cardiopatas no Hospital Francisca Mendes, com a permanência das péssimas condições de várias unidades hospitalares, dentre elas 0o Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, que, apesar de ter passado por reforma geral, teve o seu teto desabado por duas vezes, entre outros problemas.
“Esse dinheiro era para ser investido em obras estruturantes, nos serviços prestados ao Estado para melhorar o atendimento à população, mas não estamos vendo nenhum projeto ou programa que justifique o pagamento que está sendo feito. Vamos tomar como exemplo as obras do governo passado: o Amazonino (Mendes) recebeu um governo com 200 obras paralisadas. As obras que foram entregues nesta gestão, nem todas estão concluídas. E não tem obra nova. Então, esse dinheiro era para gerar emprego, para ser investido na Segurança Pública, aumentando o efetivo policial e comprando equipamentos para a Secretaria de Inteligência para resolver esses problemas crônicos, tanto na Segurança Pública quanto na Saúde, porque não tem um projeto ou programa eficiente que melhore o atendimento da população e solucione a falta de segurança no Estado”, comentou.