Uma matéria do Jornal Nacional mostrou que parlamentares da direita ligados ao presidente Jair Bolsonaro atuaram no Congresso Nacional para afrouxar os controles dentro do INSS. A articulação desses parlamentares, dentre eles, o Capitão Alberto Neto (PL-AM), facilitou para que associações promovessem descontos ilegais na conta de aposentados e pensionistas em todo o país.
O Capitão Alberto Neto (PL) foi relator de uma medida provisória que tratava de crédito consignado para aposentados e incluiu no texto de Medida Provisória (MP) o adiamento de medidas de controle como a validação de descontos na aposentadoria de pensionistas por parte de entidades sindicais. Em vídeo divulgado, nesta quinta-feira (15//05), ficou claro que o Capitão Alberto Neto atuou a pedido das entidades, investigadas por terem desviado bilhões de reais de pessoas indefesas. (veja a matéria)
O Congresso, durante o governo de Jair Bolsonaro, já havia estendido por três anos o prazo para revalidação dos descontos, mesmo reconhecendo práticas abusivas das entidades. Como relator de MP que tratava do tema, Alberto Neto propôs adiar por mais um ano a revalidação dos descontos, favorecendo as entidades sindicais que realizavam os descontos ilegais.
“Esse texto foi construído junto com as associações, que fazem parte do conselho do INSS. Foi chegado num consenso. Nós vamos ampliar por dois anos esse recadastramento. Um ano já está expresso em lei e outro ano a pedido do INSS”, disse Alberto Neto em 2021.
Ao final da matéria, a apresentadora leu nota enviada pelo parlamentar. “O deputado Capitão Alberto Neto disse que o adiamento do recadastramento dos descontos foi adiado, em 2021, porque o país vivia uma pandemia”.