A presidente em exercício da Secretaria Municipal de Cultura (Manauscult), Oreni Braga, informou aos artistas independentes que protocolaram um documento no órgão, na última segunda-feira (13-fev), reclamando de irregularidades no Prêmio Thiago de Mello – Novos Talentos.
O documento apresentado pelos artistas contesta várias falhas na execução do edital e é assinado por 22 artistas independentes das áreas de dança e teatro.
Entre as irregularidades apontadas pelos artistas, a Curadoria do evento e a equipe técnica da Manauscult deixaram passar um projeto, sem verificarem as normas do edital, afirmam os artistas.
Com isso, permitiram a participação de um artista com mais de 20 anos de carreira e que possui contrato com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), para ser professor de dança, sendo que o edital estabelece que o evento é para “novos talentos”, que tenham carreiras em início de construção e não carreiras já consolidadas no mercado da dança.
O artista e gestor cultural Francisco Rider disse que a não-observância das regras do edital prejudica os novos talentos que trabalham sem nenhum tipo de apoio.
“A categoria Novos Talentos foi pensada para artistas em início de carreira, independente da faixa etária. Portanto, para alguém que queira produzir e desenvolver uma ideia na prática”, explicou Francisco Rider.
“Não estamos, de maneira nenhuma, colocando em evidência a competência do docente da UEA contemplado, mas questionando o motivo dele ter sido classificado para Novos Talentos, pois esse professor já atua na área há mais de 20 anos”, esclareceu Rider.
Artistas assinam documento com reclamação
Os artistas que assinam o documento são Leo Scantbelruy, Francisco Rider, Fran Martins, Jayne Kira, Elizete Tuirima Ribeiro, Dominique Jaci, Tayná Ferreira Batista, Mara Pacheco, Márcia Antonelli, Karol Medeiros, Lena Wild, Dayo Nascimento, Isabela Catão, Patrícia Vaz Borges, Agenor Vasconcelos, Magno Fre’sil, Michelle Andrews, Veridiana Tonelli, Alonso Junior, Ana Carolina da Silva Souza, Ian Arlles e Regina de Benguela.
O ator e fotógrafo Leo Scantbelruy, disse que após o documento ter sido protocolado, os artistas foram recebidos pela presidente em exercício da Manauscult, Oreni Braga.
“Fomos ouvidos pela presidente da Manauscult, que nos ouviu e se dispôs a reavaliar e repassar para a comissão toda essa questão. Ela disse que iria responder formalmente nossa carta”, destacou Leo Scantbelruy.
Mais reivindicações
No mesmo dia em que os artistas autônomos protocolaram o documento na Manauscult, outro grupo realizou manifestação em frente à sede do órgão, que, atualmente, ocupa o Café-Teatro (avenida 7 de Setembro, Centro), que servia de espaço para apresentações artísticas, exposições de artes visuais e outras atividades culturais.