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21 de novembro de 2024 | 17:17

O jogo sujo de Wilson Lima para impedir as candidaturas de Amazonino e Eduardo Braga

O governador Wilson Lima (União Brasil) tem dedicado a maior parte do seu tempo nos últimos dias para fechar todas as portas dos principais partidos aos principais adversários na eleição deste ano – o ex-governador Amazonino Mendes (sem partido) e o senador Eduardo Braga (MDB). A ideia é deixar os dois isolados.

Ontem, por exemplo, ele esteve com o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, pedindo para que este tire o controle da legenda das mãos do deputado federal Silas Câmara e o passe aos parlamentares da Igreja Universal no Estado, que são seus aliados.

O primeiro movimento importante do governador, construído na surdina, foi a filiação ao União Brasil.

O partido havia prometido caminhar com Amazonino, mas Wilson conseguiu mudar a situação, com a ajuda do presidente regional da legenda, o secretário municipal de Educação, Pauderney Avelino. A sigla é a que tem o maior fundo eleitoral e maior tempo na TV.

Já com controle do Progressistas, Wilson também teve a adesão do PL de Jair Bolsonaro, depois de acenar com apoio ao Coronel Menezes para o Senado.

Com o Republicanos, a ideia é tentar cooptar Silas Câmara e a Assembleia de Deus, mas se isso não for possível, o governador quer transferir o controle da legenda para a Igreja Universal local, já que os parlamentes desta denominação – o vereador João Carlos e o deputado estadual João Luiz – são seus aliados.

Nos bastidores, Wilson também apoia a pretensão do senador Plínio Valério de ser candidato a governador pelo PSDB, outra porta que tenta fechar para Amazonino.

O governador e seu grupo avaliam que o Plínio Valério seria uma ameaça menor que o veterano ex-governador.

Esquerda

Até mesmo na esquerda, Wilson tenta influenciar. Ele e o senador Omar Aziz (PSD), com quem mantém ótimas relações nos bastidores, trabalham para impedir que o PT de Lula apoie ou filie Amazonino.

Contam nessa empreitada com a parceria do presidente regional da legenda, o deputado estadual Sinésio Campos, que faz parte da base de apoio ao Governo.

O PDT também está sob controle. Com a candidatura da ex-secretária e defensora Carol Braz ao Governo do Estado.

Wilson entende que esta porta também está fechada aos principais concorrentes. Ele não acredita que Carol Braz decole.

Trabalhando com desenvoltura e argumentos conhecidos nos bastidores, Wilson usa toda a força da máquina para impedir os adversários de montarem coligações consistentes. Até mesmo uma investida sobre o MDB de Eduardo Braga não está descartada.

*Texto publicado em parceria com o site Blog do Hiel.

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