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24 de novembro de 2024 | 17:33

Operação do Governo Federal no rio Madeira foi desastrosa e acelerou contaminação por mercúrio, avalia Serafim

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) classificou como desastrosa a operação do Governo Federal que apreendeu ou destruiu 131 balsas durante operação contra o garimpo ilegal no rio Madeira, próximo ao município de Autazes, no Amazonas, no último fim de semana. A ação ocorreu com o apoio das Forças Armadas e do Ibama, tendo à frente a Polícia Federal.

Durante discurso na sessão plenária desta quarta-feira (1º-nov), na ALE-AM (Assembleia Legislativa do Amazonas), Serafim disse que, ao atear fogo nas balsas, a Polícia Federal acelerou o processo de contaminação por mercúrio na bacia do rio Madeira.

“É preciso dar uma solução. Temos que evitar o mercúrio nos rios, mas o caminho que o Governo Federal adotou da violência, de tocar fogo nas balsas foi o pior caminho, pois em vez de evitar o mercúrio que estava nas balsas, ao explodi-las, acabaram jogando tudo isso no rio Madeira”, avaliou Serafim.

O mercúrio é um metal que emite gases poluentes e que contaminam a água, os peixes e a vida aquática. Rejeitos da extração mineral vão parar nos peixes que alimentam as populações ribeirinhas e as cidades de Manaus e Rondônia.

O líder do PSB na ALE-AM disse ainda que ações desse gênero deveriam priorizar, não a violência, mas a inteligência.

“Os garimpeiros estão em cidades como Novo Aripuanã, Borba, até mesmo em Humaitá, dizendo que eles são brasileiros, que querem trabalhar e que o Estado não lhe dá oportunidade e sem oportunidade eles foram para o garimpo. Esse é um quadro muito delicado, social, econômico, ambiental, e que precisa ser trabalhado com inteligência e não com violência”, avaliou.

Entenda o caso

Há pelo menos 15 dias, garimpeiros instalaram aproximadamente 300 balsas ao longo do rio Madeira (AM), a cerca de 110 quilômetros de distância de Manaus, para exploração massiva de ouro.

A demora das autoridades federais em reagir ao movimento de balsas de garimpeiros no Rio Madeira, na Amazônia, resultou na dispersão de grande parte das embarcações clandestinas que ficaram paradas.

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