No Qatar, onde acontece a Copa do Mundo 2022, a vítima de um crime tem o direito de escolher qual punição será aplicada ao criminoso.
Foi o que aconteceu no fim de semana, quando a jornalista Dominique Metzge, da Argentina, teve a carteira furtada no Qatar, durante uma transmissão ao vivo uma praça, ao lado de torcedores.
Quando a jornalista procurou a delegacia no Qatar, os policiais pediram que ela escolhesse qual punição seria aplicada ao ladrão: cinco anos de prisão ou deportação.
“Bem, experiência do Qatar: minha carteira acabou de ser roubada quando estávamos fazendo a transmissão ao vivo. Estou na delegacia de polícia e me mandaram fazer queixa porque garantem que está tudo sob vigilância e que vão encontrar a carteira que tinha os meus documentos, dinheiro, cartões, que obviamente é o que mais me preocupa”, explicou Dominique nas redes sociais.
A repórter disse que foi até a polícia para prestar queixa, em uma parte exclusiva para as mulheres. Após fazer o boletim de ocorrência, Dominique foi questionada sobre qual punição deveria ser aplicada ao bandido.
Ladrão será localizado, garante polícia
“Teve um momento em que me pediam para escrever o meu depoimento, e aí veio a parte mais complexa, porque me perguntaram: ‘O que quer que a Justiça faça com isto? Porque vamos encontrá-lo, há câmeras de alta definição em todos os lugares‘”, pontuou.
De início, a profissional achou que tudo era uma brincadeira. Entretanto, não acreditou quando percebeu que as perguntas eram sérias. “E eu pensei ter entendido mal a tradução, mas não: ficaram me perguntando que pena eu queria para o ladrão, se eu queria que ele fosse condenado a 5 anos de prisão, ou se eu queria que ele fosse deportado”, finalizou.