Reportagem exclusiva do portal Zero Hora AM.
Assédio moral para alterar notas de alunos cujos pais são militares, além de carga horária de trabalho acima do permitido, são algumas das denúncias feitas pelos professores da unida 1 do Colégio Militar da Polícia Militar (CMPM1), em Manaus.
As graves acusações foram feitas por professores que não aguentam mais o ambiente tóxico de trabalho no CMPM1. As denúncias foram encaminhadas ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), que encaminhou o caso à Seduc, ao Ministério Público do Trabalho e ao Conselho Estadual de Educação pedindo providências.
Segundo os funcionários do colégio, vários professores são coagidos a alterar a nota dos alunos. A pressão é feita, na maioria das vezes, por pais que atuam na Polícia Militar do Amazonas e não aceitam as notas baixas dos filhos.
“Eles nos relataram que estão trabalhando 26 horas por semana, sendo que a carga horária é de 20 horas semanais. Além disso, estão sendo obrigados a alterar as notas dos alunos e dar aulas aos sábados”, explicou a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.
“É importante enfatizar que, em nenhum momento, os trabalhadores deixaram de trabalhar, mesmo na pandemia, pois as aulas continuaram de forma remota, cumprindo todos os requisitos pedagógicos da Seduc”, acrescentou a presidente do Sinteam.