(UOL/FOLHAPRESS) – Qual é o feminino de pavão? E o feminino de hipopótamo? Quando se trata do gênero do substantivo, alguns nomes de animais são bem diferentes do que muita gente imagina.
Há casos em que basta trocar o “o” por “a”, mas há outros bem curiosos. Em relação ao reino animal, há basicamente duas regras:
Substantivo biforme: possui duas formas diferentes para indicar o gênero masculino e o feminino.
Substantivo epiceno: apresenta apenas um gênero gramatical para designar os dois sexos dos animais. “Para designar o gênero, junta-se ao substantivo as palavras macho ou fêmea”, revela o Museu da Língua Portuguesa.
EXEMPLOS DE SUBSTANTIVOS BIFORMES
Pavão é um caso clássico. O feminino correto é “pavoa”, pois o substantivo “pavão” é biforme. Portanto, não se usa “pavão-fêmea”. Em uma frase, você pode usar: “A pavoa tem penas discretas”.
Outros exemplos: corvo – corva; leão – leoa; tigre – tigresa; pato – pata; lobo – loba.
Vale destacar que, em alguns casos específicos, acontece a alteração completa da palavra do masculino para o feminino. Cachorro, por exemplo, é cadela. Para cavalo, é égua. Para veado, é corça ou cerva.
EXEMPLOS DE SUBSTANTIVOS EPICENOS
O gênero de hipopótamo sempre confunde, mas trata-se de um substantivo epiceno. O correto é “hipopótamo-fêmea”. A forma “hipopótama” não existe. Para aplicar em uma frase, você pode usar: “O hipopótamo-fêmea está nadando no rio”.
Jacaré, tatu e peixe são outros exemplos comuns de substantivos epicenos. O correto é, respectivamente, jacaré-fêmea, tatu-fêmea e peixe-fêmea.
Outros exemplos: urubu-fêmea, águia-fêmea, gavião-fêmea, sabiá-fêmea.

