O objetivo é, nada mais nada menos que endurecer as regras de rastreio. Em outras palavras, o BC tenta apertar o cerco contra as “contas laranjas” usadas para ramificar o dinheiro das vítimas entre diferentes favorecidos.
As alterações para aperfeiçoar o sistema de pagamentos instantâneos já foram, inclusive, apresentadas. A ideia veio de um grupo de trabalho de segurança, formado por participantes do mercado e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Por sua vez, o encontro aconteceu no Fórum PIX, realizado em 22 de setembro de 2022. De acordo com informações, a autoridade monetária irá acatar algumas das sugestões. Quer saber o que muda? Então, acompanhe com a gente!
Em síntese, uma das ideias diz respeito à criação de uma notificação automática da chamada “ramificação de valores”. Esse termo dá nome ao momento em que os golpistas transferem, de imediato, o valor desviado da vítima para diversas contas laranjas. Essa prática é feita para dificultar o rastreio. Aliás, o item já aceito como prioridade na agenda do regulador.
Rastreio de valores roubados
De acordo com o relatório apresentado ao BC, a principal sugestão é “a abertura automática de eventos para casos de triangulação de valores utilizando o PIX”. A justificativa é simples: até que o cliente tome conta da fraude, faça a contestação no seu banco e este notifique a infração, perde-se muito tempo para bloquear e recuperar o dinheiro.
Além da abertura automática, o grupo também propôs ampliar o bloqueio da conta de destino dos recursos até a 5ª camada de ramificação. Ou seja, em todas as contas subsequentes do primeiro favorecido. Além disso, para afeiçoar a medida, os participantes propuseram uma limitação de até 30 minutos após o recebimento da transação para a abertura para abrir uma ramificação.
Visto que algumas das mudanças sugeridas são muito complexas para serem implementadas, o próprio grupo de trabalho estima em pelo menos 8 meses o tempo para seu desenvolvimento e mais 2 meses para homologação em ambiente controlado, antes de entrar de fato em operação.
Fiz um PIX errado, e agora?
É importante também saber o que fazer em caso de cometer algum erro no momento de fazer esse tipo de transferência.
Afinal de contas, se eu fiz um PIX errado, o que devo fazer?
De acordo com especialistas, a resposta pode não ser tão simples. Isso porque ainda não existe uma possibilidade de cancelar a operação.
Ainda assim, o primeiro passo é verificar se você não enviou para algum conhecido. Caso tenha feito isso, envie uma mensagem para quem recebeu o valor.
Se é alguém que você não conhece, procure o nome da pessoa ou empresa e entre em contato contanto sobre o engano. A saber, essa pessoa pode escolher a opção de ‘devolver o valor’ dentro de 30 minutos – no máximo 1 hora. Caso já tenha passado esse tempo, ainda é possível enviar os valores por PIX de volta.
Se você enviou para uma chave aleatória errada, entre em contato com a instituição financeira que o dinheiro foi enviado. Caso ainda continue com problemas, fale com o seu próprio banco.