26.3 C
Manaus
1 de julho de 2025 | 06:56

TCE-AM reúne especialistas e órgãos públicos para discutir ações de prevenção às queimadas no AM

Com foco na prevenção às queimadas e na proteção do patrimônio florestal do Amazonas, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) reuniu, hoje (30-abr) de manhã, mais de 300 especialistas, gestores públicos e representantes de órgãos ambientais em um seminário seguido de oficinas práticas.

A atividade, que lotou o principal auditório do TCE, marca o início das ações presenciais do Programa em Gestão do Patrimônio Florestal do Amazonas, promovido pela Escola de Contas Públicas da Corte.

Destinado a técnicos municipais e estaduais das áreas de meio ambiente, agricultura e defesa civil, o evento terá desdobramentos nas regiões Sul do Estado e na Região Metropolitana de Manaus.

“O cuidado com o nosso patrimônio florestal não é apenas um dever institucional, mas uma responsabilidade compartilhada entre poder público e sociedade”, afirmou a conselheira-presidente Yara Amazônia Lins, ao destacar a importância do evento.

Atuação preventiva

Na abertura, o diretor da ECP, professor Alexandre Rivas, conduziu os primeiros debates, reforçando a atuação preventiva do Tribunal em relação às pautas ambientais.

“A floresta, os rios e os recursos naturais são patrimônios do Estado, assim como o orçamento público. A Escola de Contas inicia esse programa com foco imediato na prevenção das queimadas, mas com visão de longo prazo para políticas de sustentabilidade”, explicou Rivas.

Na sequência, o professor Sérgio Gonçalves (UFAM) trouxe dados preocupantes: aproximadamente um em cada três focos de calor registrados no Amazonas está ligado ao desmatamento ilegal.

A fala reforçou a urgência de medidas integradas para conter o avanço do desmatamento.

Gustavo Picanço, presidente do IPAAM (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) discutiu os desafios da eficácia do licenciamento ambiental frente aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), e a diretora do Cemaden, Regina Célia Alvalá, destacou o papel do monitoramento climático e dos alertas de risco como ferramentas essenciais.

“Todo sistema de prevenção a desastres precisa envolver União, Estados, municípios e a própria população. Trabalhamos para que cada cidadão também perceba o risco e atue para proteger sua vida e seu território”, disse a diretora.

Importância dos órgãos de controle

O secretário estadual de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, elogiou a iniciativa do TCE-AM e reforçou o papel dos órgãos de controle no avanço das políticas públicas ambientais.

“O Tribunal do Amazonas é pioneiro ao incorporar o controle do ativo ambiental na sua atuação. Isso inspira outras cortes e reforça que floresta em pé também precisa de fiscalização e gestão. É uma agenda que exige inovação, financiamento e novas matrizes econômicas”, pontuou.

À tarde, a programação seguiu com uma oficina prática comandada por Mauro Cristo Castro (MiO/Unicef), reunindo representantes de municípios da Região Metropolitana de Manaus e do Sul do estado.

A atividade busca mapear desafios e apontar soluções para o combate às queimadas.

Diretor de Controle Ambiental do TCE, Jonas Almeida Rocha ressaltou a importância do encontro técnico. “Esse seminário é uma oportunidade de avaliar o que falhou no ano passado e avançar. Muitas representações chegaram ao Tribunal por causa das queimadas. A partir delas, conseguimos provocar mudanças, como a contratação de brigadistas e investimentos na ponta”, afirmou.

O evento encerra hoje, com a consolidação das propostas discutidas e definição dos próximos passos do programa.

Leia também outras matérias

Moradores se revoltam e impedem a instalação de medidores aéreos em Manaus

Redação Zero Hora AM

Rede de Atenção Básica de Saúde em 61 municípios do AM recebe R$ 24,5 milhões liberados por Eduardo Braga

Redação Zero Hora AM

Vereador Sassá conversa com moradores do Ramal Cachoeira do Leão em busca de soluções para os problemas da comunidade

Redação Zero Hora AM
Carregando....