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10 de abril de 2025 | 22:40

TCE-AM suspende pagamentos de contrato milionário da Prefeitura de Itacoatiara por indícios de irregularidade

Em decisão monocrática publicada no Diário Oficial Eletrônico de quinta-feira (20-jul), o conselheiro do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Josué Cláudio, concedeu medida cautelar suspendendo os pagamentos referentes a um contrato firmado pela Prefeitura de Itacoatiara, avaliado em R$16,5 milhões.

Segundo a decisão publicada pelo relator, foram encontrados indícios de irregularidades na divulgação do procedimento licitatório para a contratação da empresa.

Assinado em abril deste ano, o contrato foi firmado com a S R Engenharia Eireli, e previa a contratação da empresa para “manutenção predial preventiva e/ou corretiva das unidades administrativas, sejam próprias, locadas ou cedidas, com fornecimento de peças, materiais e mão de obra” da municipalidade.

A medida cautelar foi interposta por um vereador do município de Itacoatiara, que indicou possíveis irregularidades na contratação.

Conforme indicado no relatório, o vereador afirmou que algumas repartições citadas no extrato do contrato não estariam ativas, não possuíam edifício próprio ou não estavam compondo a estrutura organizacional da Prefeitura de Itacoatiara.

Além disso, o vereador alegou precariedade em áreas essenciais do município, como Saúde, Educação e Infraestrutura urbana.

O representante apontou também supostos indícios de direcionamento e superfaturamento no contrato, além de irregularidades no portal da transparência municipal.

De acordo com a decisão monocrática, a Prefeitura de Itacoatiara não atendeu aos princípios da publicidade e da transparência na condução do procedimento licitatório e na divulgação do contrato.

A prefeitura e a empresa contratada apresentaram justificativas e documentos em resposta aos casos apontados, mas o relator, conselheiro Josué Cláudio, considerou que os indícios de irregularidade acerca da transparência na divulgação do edital eram nítidos, sendo o valor de R$16 milhões de grande relevância, devendo conceder medida cautelar a fim de evitar grandes prejuízos ao erário e ao interesse público até que os fatos sejam devidamente esclarecidos e a legalidade seja comprovada.

A empresa e a Prefeitura de Itacoatiara têm o prazo de 15 dias para apresentação de documentos e/ou justificativas a respeito do caso.

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