Redação ZH – Com a polêmica envolvendo a instalação dos medidores aéreos de energia em Manaus, os técnicos da concessionária Amazonas Energia temem perder o emprego caso os equipamentos sejam proibidos na capital.
O portal Zero Hora Amazonas entrou em contato com o Sindicato dos Urbanitários do Amazonas, que representa os técnicos da AM Energia. O órgão de classe não quis se manifestar e se limitou a dizer que seu presidente estava em Brasília.
Nossa reportagem conversou com alguns funcionários que prestam serviços à Amazonas Energia. Todos foram categóricos ao dizer que, mesmo que os medidores aéreos sejam permitidos em Manaus, após a instalação do equipamento, os funcionários não serão mais necessários, pois a operação dos aparelhos pode ser feita via sistema online.
Outro ponto que preocupa a classe são as hostilidades por parte da população que não deixa os técnicos instalarem os novos medidores.
Emaranhado de fios
Esta semana, um projeto de lei de autoria do vereador Caio Andre (PSC) foi aprovado em primeira estância pela Câmara Municipal de Manaus, proibindo a instalação dos medidores aéreos.
O projeto estabelece que o paisagismo da cidade será prejudicado devido ao grande número de fios que são colocados nos equipamentos.
Outro projeto de lei foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), porém perdeu força após ser considerado nulo pela Justiça Federal.
O deputado Wilker Barreto (Podemos) cobra da Prefeitura de Manaus a proibição do novo sistema de medição. A alegação é que o consumidor não tem como acompanhar o consumo e o emaranhado de fios deixa “a cidade mais feia, parecendo uma teia de aranha”.
“Aumentaram minha conta de luz”
Nossa reportagem conversou com moradores do bairro Parque 10, na zona centro sul de Manaus, e constatou que o sistema causou o aumento significativo no valor das contas de energia.
A Amazonas Energia disse que irá recorrer em todas as instâncias judiciais para cumprir o cronograma de instalação em toda a capital.