O governador Wilson Lima apresentou, nesta segunda-feira (10-jul), as primeiras ações do Governo do Amazonas para combater os focos de incêndio durante o período de estiagem. O plano tem foco na região sul do estado, conhecida como “arco de fogo”. Durante o evento, Lima destacou a redução de 55% no desmatamento no Amazonas no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Para enfrentar a situação, o governo implementou a Operação Aceiro 2023, que conta com o reforço de pessoal e viaturas para combater os incêndios florestais na região sul. Além disso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou a atuação da Força Nacional de Segurança Pública por até 90 dias em municípios com maior incidência de incêndios, como Humaitá, Apuí, Boca do Acre, Lábrea e Manicoré.
O Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) foi o local escolhido para apresentar as ações do governo. O centro, inaugurado em 2021, utiliza tecnologia avançada de monitoramento por satélite para fiscalizar desmatamento e queimadas ilegais.
O secretário de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, destacou que as ações fazem parte do Plano Estadual de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas do Amazonas. A mobilização conjunta entre os órgãos de segurança e meio ambiente visa reduzir os índices de queimadas, especialmente na região sul do Estado, que concentra a maior parte dos focos.
Nesta segunda-feira, uma tropa do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas com 74 bombeiros militares e dez viaturas foi enviada para a região sul do Estado como parte da primeira fase da Operação Aceiro 2023. Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostram que, até o início de julho, o Amazonas registrou 412 focos de incêndio neste ano, tornando-se o sexto estado com mais queimadas na Amazônia Legal.
A Operação Tamoiotatá 3, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas (SSP-AM) e com apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), brigadistas civis, Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), também está envolvida nas ações de combate aos incêndios florestais. A estiagem deste ano deve ser mais intensa devido à influência do fenômeno climático El Niño, que propicia a propagação de fogo na vegetação seca.