Os prejuízos às plantações, perdas de casas e o aumento de doenças são alguns dos efeitos da cheia nos rios do Amazonas. Relatório da Defesa Civil do Estado, divulgado na segunda-feira (25-abr) contabilizam 43 municípios em situação de alerta, inclusive Manaus.
Outros nove estão em estado de atenção e seis em situação de emergência. O órgão totaliza quase 100 mil pessoas (96.344) afetadas pela cheia, desde janeiro deste ano, num total de 24.086 famílias no Estado.
No rio Negro, um dos principais afluentes do rio Amazonas, e que banha Manaus, a previsão é que a cota máxima chegue a 29,04 metros. Se esse número for alcançado, será uma das maiores cheias já registradas no Estado.
Ano passado, quando houve a enchente histórica, o rio Negro atingiu 30,04 metros. Até ontem (25-abr), a medição marcava 28,5 metros em Manaus.
Municípios:
Em Envira, município do Amazonas vizinho ao Acre, a cheia causa estragos. Por lá, os efeitos do fenômeno foram sentidos com maior força na segunda quinzena de março.
O município é um dos seis que ainda estão em situação de emergência, com o total de 1.444 famílias afetadas neste ano, o que representa 5.077 pessoas.
O governo do Amazonas também declarou situação de emergência em Itamarati e em Parintins.
No caso deste último, a situação já era grave desde o dia 3 de abril, quando uma tempestade que durou 15 horas inundou ruas, invadiu casas e destruiu parte da orla da cidade. No total, 1,3 mil pessoas foram afetadas.
Nhamundá, município a 382 km de Manaus, também está prestes a decretar estado de emergência. O município registra inundações em decorrência da cheia do rio Nhamundá e afluentes em pelo menos 10 comunidades rurais, totalizando mais de 1,2 mil famílias prejudicadas.
Ao menos dez escolas e áreas de agricultura estão alagadas.
Outro município em situação similar é Manacapuru, município da Região Metropolitana de Manaus. Por lá, a cheia na calha do baixo Rio Solimões afeta 38.698 pessoas, o que representa o total de 9.673 famílias. Os números devem aumentar nas próximas semanas.