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21 de novembro de 2024 | 23:45

Profissionais da Saúde estão recebendo menos do que está no contrato, denuncia Wilker

Durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) desta terça-feira, 15, o deputado estadual Wilker Barreto denunciou que profissionais da saúde, contratados pelo Governo do Amazonas sob o Regime de Direito Administrativo (RDA’s), estão recebendo salários bem abaixo do que informado na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).

Em seu pronunciamento, o parlamentar afirmou que a situação é grave e voltou a cobrar do Executivo o pagamento dos direitos trabalhistas da categoria como ticket alimentação e periculosidade.

Diante da tribuna, Wilker apresentou as informações salariais divergentes de um técnico de enfermagem RDA, que preferiu não se identificar. Na CTPS Digital do servidor, consta o valor de R$ 2.122,82 como remuneração inicial do contrato de trabalho.

Mas no contracheque expedido pela Secretaria de Estado da Administração e Gestão (Sead), o documento aponta o vencimento de R$ 1.721,20, portanto, existe uma diferença de R$ 401,62 entre o indicado na carteira do trabalho e o ganho real recebido pelo servidor.

“Eu tenho um contracheque de um técnico de enfermagem RDA de R$ 2.122 reais, mas na conta dele só cai R$ 1.700. É aquele mesmo RDA que não recebe o ticket alimentação e a periculosidade e que estão novamente na terceira onda da Ômicron se contaminando e contaminando seus familiares”, relatou o Wilker, frisando a dívida do Governo no pagamento de direitos trabalhistas de 6.442 profissionais da saúde RDA’s contratados pelo Governo desde janeiro de 2020. O “calote” do Executivo junto à categoria já soma mais de R$ 58 milhões.

Barreto voltou a reforçar que o secretário de Estado de Saúde (SES-AM), Anoar Samad, compareça à Casa Legislativa para explicar os motivos do não pagamento dos direitos por parte do Executivo e criticou a falta de valorização dos profissionais, que estiveram na linha de frente no combate à pandemia da Covid-19 no Amazonas.

“Já está no sistema o requerimento de convocação do secretário de Estado de Saúde, primeiro para explicar o porquê das distorções no contracheque e segundo para justificar o não pagamento dos nossos heróis da saúde”, finalizou.

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