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24 de novembro de 2024 | 20:53

Famíliares de jovem morto em Manaus acusam policiais militares pelo crime

Moradores do bairro Educandos, na zona Sul de Manaus, se reuniram para pedir justiça pela morte de Luiz Henrique Coelho de Andrade, de 21 anos. Conhecido na comunidade como jogador de futebol, a morte causou revolta e a família acusa policiais militares pelo crime. No sábado (26-mar), o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) encontrou a ossada da vítima, que foi comido por peixes.

De acordo com a mãe da vítima, Leila Coelho, o jovem estava jogando futebol no sábado e, ao retornar para casa, foi abordado por policiais nas proximidades da Feira da Panair. Segundo ela, os PMs teriam quebrado os ossos e ordenado que o jovem pulasse no rio, mesmo Luiz Henrique afirmando que não sabia nadar.

Os policiais teriam empurrado o jogador de futebol e atirando logo em seguida, de acordo com Leila. Minutos depois o jovem teria afundado. Durante a tarde de sábado, a ossada da vítima foi encontrada pelo Corpo de Bombeiros, que iniciaram as buscas após a solicitação da família.

“A polícia o levou para atrás da balsa e depois bateu nele. Quebrou as costelas do meu filho, depois fez ele ficar nu e mandou pular na água. O meu filho disse ‘eu não sei nadar’. Mesmo assim ele empurrou meu filho. Quando caiu na água, eles dispararam os tiros. Eles só saíram de lá quando o meu filho afundou. Eles ainda falaram para o canoeiro ‘se você pegar ele, dou um tiro na sua cabeça’”,

conta a mãe de Luiz Henrique.

Um amigo de Luiz Henrique, que também estava presente na manifestação, revelou que o jovem era conhecido como “Petruquio” no bairro e que era amado por todos. Ainda destacou que não seria feita uma manifestação para uma pessoa que não fosse do bem.

“Ninguém faz uma manifestação se essa pessoa não for de bem. Há quem julgue o Petruquio e afirme que ele era uma pessoa errada. Eu nunca vi uma pessoa fazer mal com uma bola. Ele era um craque, um fenômeno no bairro de Educandos”.

O amigo ainda ressalta que foi feito uma injustiça com o jovem e que os moradores do Educandos querem apenas justiça. Emocionado, finaliza revelando quais foram as últimas palavras de Luiz.

“Foi feito uma injustiça com ele. O povo do Educandos quer que a justiça seja feita, que os lados sejam ouvidos, que investiguem esse crime cruel. ‘Senhor, eu não sei nadar. Senhor, eu só sou jogador’, essas foram as últimas palavras dele”,

revela o amigo

Polícia se pronuncia

Em nota, a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) afirmou a reportagem que não houve registro de ocorrência na Panair e pede que a família procure a Corregedoria do Sistema de Segurança Pública para registrar denúncia.

NOTA DA PMAM

“A Polícia Militar informa que não houve nenhum registro de atendimento de ocorrência na Feira da Panair, na madrugada de sábado (26), mas que os familiares podem procurar a Corregedoria do Sistema de Segurança Pública e formalizar a denúncia, para que a Polícia Militar também possa apurar os fatos”, finaliza.

A família revelou que já fez a denúncia e aguarda o andamento da investigação.

 

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