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21 de novembro de 2024 | 21:40

Cabo da PM é torturado e morto a tiros em Manaus

Mais um caso  envolvendo a falta de segurança na capital, desta vez o cabo da Polícia Militar, Isaías Cardoso de Oliveira Filho, de 31 anos, foi torturado e morto a tiros na madrugada desta quarta-feira (04-mai), na mesma residência onde ocorreu um triplo homicídio, na rua Praia do Forte, na comunidade Parque Rio Solimões, no bairro Tarumã, na zona Oeste de Manaus.

O corpo do policial foi encontrado no fundo do quintal da casa, onde três homens foram executados por criminosos na tarde de terça-feira (03-mai). A vítima foi encontrada com marcas de tortura e tiros pelo corpo. Isaías era morador do local.

Conforme informações do tenente-coronel da PM, Eddie Censa, embora o corpo do policial tenha sido encontrado no local do crime, a polícia descarta a relação com o triplo homicídio.

“Em primeiro lugar o fato de terem executado o nosso colega não tem nada a ver com o triplo homicídio. Em segundo, a Polícia Militar e a Polícia Civil, integrados, estão investigando o caso para saber o que de fato aconteceu desde a madrugada de ontem para hoje. O fato é que nosso colega foi alvo de criminosos, mas as autoridades estão trabalhando para chegar nos autores deste homicídio”, explicou.

Ainda conforme a autoridade, o cabo foi vítima de uma possível retaliação, visto que Isaías estava sendo ameaçado de morte na área, por ser um policial que combatia o tráfico na região.

“Na verdade, o nosso cabo era simplesmente um morador, morava na parte de trás dessa casa que aconteceu o triplo homicídio e a apreensão dos entorpecentes, mas ele não tem envolvimento com o triplo homicídio, e no momento ele está sendo enquadrado como vítima”, explicou.

O tenente ressaltou que ser policial bom pode custar caro. A fala do PM é descartando a informação que o cabo tinha envolvimento com o tráfico de drogas.

“Ele era um policial nato, um cara produtivo que trazia resultado, um cara que honrava a farda. Na sua folga não perturbava ninguém. De conduta bastante exemplar, muito família, então não existe outra coisa a não ser retaliação. É o preço que nós policiais militares pagamos em troca de defender a vida de inocentes, pessoas que a gente não conhece”, disse o policial.

O Instituto Médico Legal (IML) realizou a remoção do corpo da vítima. A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investiga o caso.

 

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