Julia Lima, Ana Victória e Maria Luiza, filhas de Viviane Lima, participam do Globo Repórter e falam sobre inclusão

Na reportagem em comemoração aos 50 anos da Rede Amazônica, exibida no Globo Repórter, edição da última sexta-feira (02-set), a estudante Julia Lima, de 16 anos, e suas irmãs, Ana Victória e Maria Luiza, filhas da militante dos direitos da Pessoa com Deficiência, Viviane Lima, fizeram uma participação especial mostrando a importância da Televisão para levar a informação e também para levantar bandeiras como a da Pessoa com Deficiência.

Julia falou sobre a importância desse momento e sobre a sua irmã, Ana Victória, que é a primeira modelo com microcefalia do mundo.

Na reportagem do Globo Repórter, conduzida pela jornalista do Amazonas, Daniela Branches, as meninas foram entrevistadas, pois foi através da TV Amazonas, que a luta pela defesa da Pessoa com Deficiência, direcionada pela ativista Viviane Lima, tomou proporção nacional e até mesmo internacional.

Com exclusividade, Julia falou sobre este momento e a importância dessa entrevista para ela, sua família e para os telespectadores.

“A gente fica muito feliz de ter essa visibilidade na televisão, porque é muito importante a TV pra levar a informação para as pessoas, para elas se sentirem acolhidas, não se sentirem sozinhas, e quanto mais gente souber da história das meninas, mais gente que passa por situações parecidas podem se sentir acolhidas e ver que tem outras pessoas passando pelas mesmas situações”, disse Julia

Julia falou também sobre a sua irmã que é a primeira modelo com microcefalia do mundo, e a importância dessa conquista para a inclusão, sendo a Victória uma referência para diversas meninas que também têm microcefalia e podem alcançar seus sonhos.

“A gente fica muito feliz também, porque é uma questão de inclusão mesmo, é muito importante a identificação na mídia desse tipo de coisa, quando se tem uma modelo, como a Victória que é tão profissional, que é tão talentosa e ela é diferente, outras pessoas diferentes também se identificam, assistem, elas também ficam felizes vendo que todo mundo é capaz de fazer o que sonha em fazer, basta se esforçar independente das limitações”.

E continuou…

“E foi um passo muito grande para a inclusão em si, porque não se via nenhuma modelo com microcefalia na mídia e, desde que a Vitória foi eleita a primeira modelo com microcefalia do mundo, tiveram várias outras meninas com microcefalia que, aqui em Manaus tem o desfile chamado Amazon Fashion Down, e elas foram lá, participaram, desfilaram e se sentiram representadas. Então esse primeiro passo da Vitória foi crucial para que outras meninas se identifiquem e vejam que elas também querem fazer isso e se sintam mais capazes e vejam que basta querer, que as limitações delas não fazem com que as coisas sejam impossíveis”, finalizou

Viviane Lima, mãe de Julia, Ana Victória e Maria Luiza, é candidata a deputada federal pelo MDB, para lutar em defesa da Pessoa com Deficiência e representar milhares de brasileiros que passam pelas mesmas situações.

Para Julia, ter uma representante na política é de suma importância, visto que é difícil ter políticos que abracem essa causa atualmente e, sua mãe, sendo eleita, será essa representante.

“Não só importante você se sentir representada dentro da mídia, como também é muito importante a gente se sentir representada na política, principalmente na política, porque é a política que vai fazer alguma coisa por nós, então é difícil a gente encontrar pessoas dentro da política que levantem essa bandeira. Então a minha mãe foi lá e ela mesma deu a cara a tapa. Então se tudo der certo, e ela tiver uma vaga na Câmara Federal, eu tenho certeza que, é como ela sempre diz que não vai ser ela que vai ser eleita só, vai ser todas as pessoas que lutam por essa causa que vão ter uma espaço lá também”, disse.

“Esse primeiro passo da Victória faz com que várias outras meninas se identifiquem e vejam que as limitações delas e que as limitações da Victória não fazem com que as coisas sejam impossíveis, fazem com que o caminho para chegar lá seja um pouco diferente, mas impossível não é” disse Julia.