30.3 C
Manaus
23 de novembro de 2024 | 22:08

Dia Nacional do Braille: lei de Wilker Barreto obriga uso do Braile em portas e gabinetes de repartições públicas e privadas do AM

Neste sábado, 8 de abril , é celebrado o Dia Nacional do Sistema Braille, que é o método de escrita e leitura tátil para pessoas com perda ou redução da capacidade visual.

A importante data tem o objetivo de propor a reflexão sobre os desafios enfrentados pelos cegos e aqueles com pouca visão, além de conscientizar a sociedade pela inclusão e a defesa dos direitos da classe.

Buscando promover isso no Amazonas, o deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) é autor da Lei 5.203/2020 que determina a obrigatoriedade da identificação, em linguagem Braille, de portas e gabinetes das repartições públicas e privadas do Estado.

A propositura do parlamentar estabelece que todas as portas dos gabinetes e salas de repartições públicas e privadas, no âmbito do Estado do Amazonas, devem estar identificadas por meio de placas confeccionadas em alto relevo.

As placas devem conter informações do setor e serem instaladas em altura acessível para o manuseio dos deficientes visuais, garantindo assim, o direito da cidadania de forma igualitária.

“Essa importante lei facilita e suaviza o dia a dia das pessoas que têm algum tipo de deficiência visual nas visitas em órgãos públicos e privados“, explicou Wilker.

“Tal propositura auxilia esta classe, é um direito deles, e dever das repartições. É uma conquista da classe, por isso, meu compromisso em cobrar e fiscalizar para que esta lei não fique no papel, mas possa ser disseminada e respeitada”, acrescentou.

De acordo com dados oficiais do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, o Brasil tem 506 mil pessoas cegas e 6 milhões com baixa visão.

Sobre a data

Instituída pela Lei Federal nº 12.266/2010, o Dia Nacional do Sistema Braille é comemorado anualmente em 8 de abril no País, em alusão ao nascimento de José Alvares de Azevedo, o primeiro professor cego do Brasil e responsável por trazer o sistema para cá.

Nascido com cegueira em 1834, Azevedo foi enviado aos 10 anos por sua família à França, para estudar na Instituição Real de Jovens Cegos de Paris, a única escola especializada em educação para cegos na época.

Lá, aprendeu tudo sobre o recém-criado sistema Braille, idealizado pelo francês Louis Braille, e voltou para o Brasil para difundir o método de alfabetização com a criação do Instituto Imperial dos Meninos Cegos em 1854, no Rio de Janeiro.

Devido a sua importante contribuição para a melhoria no aprendizado das pessoas com deficiência visual, José de Azevedo recebeu o título de “Patrono da Educação para Cegos no Brasil”.

O Braille

Braille é um sistema de escrita com pontos em alto relevo que pessoas com baixa visão podem ler pelo tato e que lhes permite também escrever com o uso de uma impressora especial.

O sistema é composto por seis pontos, divididos em duas colunas de três pontos, formando no total 63 combinações diferentes, sendo cada um representante de um número, letra, pontuação e etc.

No entanto, o espaço que não é ocupado pelos pontos também é considerado como um sinal e, por isso, muitos especialistas consideram que o sistema Braille possui 64 símbolos.

Leia também outras matérias

Omar tem encontro com Lula, em Brasília: “Excelente reunião”, disse o senador

Redação Zero Hora AM

Bebê de dois meses morre em Manaus após se engasgar com leite materno

Redação Zero Hora AM

Secretaria de Saúde mantém cronograma de fiscalização pela Comissão de Saúde da Aleam

Redação Zero Hora AM
Carregando....
Pular para o conteúdo